Vacinas são impressas por nanofabricação

25 de abril de 2012 - 17:16

Impressão de vacinas

A poucos dias, uma equipe do MIT demonstrou o funcionamento de uma nanofábrica de medicamentos que funciona dentro do próprio corpo humano, acionada por luz aplicada externamente.

 

A proposta do Dr. Joseph DeSimone, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, não é tão radical, mas promete baixar o custo de fabricação de vacinas e medicamentos a uma fração do que é hoje.

 

Ele desenvolveu um processo de nanofabricação de vacinas miniaturizando ao extremo a técnica de fabricação de circuitos eletrônicos.

 

Nessa técnica, chamada nanolitografia, as nanopartículas são moldadas e transferidas para uma matriz, que permite então a fabricação dos medicamentos em um processo de larga escala, similar à impressão.

 

Alterando as propriedades das nanopartículas – formato, dimensões, carga elétrica etc. – altera-se também o papel que elas desempenham no corpo.

O processo foi batizado de PRINT (Particle Replication in Non-wetting Templates, replicação de partículas por matrizes a seco, em tradução livre).

 

Vacinas mais seguras

Os fabricantes de vacinas têm tentado deixar de lado a utilização de vírus ou bactérias para a imunização devido a preocupações com a segurança e com os efeitos colaterais.

 

Com a nova técnica, torna-se possível usar apenas as proteínas ou açúcares dos vírus e bactérias, presos sobre as nanopartículas, criando corpúsculos artificiais que ativam o sistema imunológico.

 

DeSimone e seus colegas criaram uma empresa, a Liquidia, que já obteve autorização para a realização dos testes clínicos com a primeira vacina produzida por esse processo de nanofabricação, contra a bactéria Streptococcus pneumonia, causadora da pneumonia.

 

De olho em melhoramentos, o pesquisador afirma que a técnica poderá permitir fabricar a própria nanopartícula usando unicamente polissacarídeos bacterianos.

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica,20 de abril de 2012