Robôs a serviço da educação e da inclusão digital
13 de novembro de 2008 - 09:49
Dante Barone, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e secretário da SBPC, ressaltou em Oriximiná a importância da robótica no processo educacional das crianças e adolescentes
As crianças e adolescentes que participaram nesta quinta-feira (6) da conferência do professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e secretário da SBPC, Dante Barone, realizada durante a Reunião Regional que ocorre em Oriximiná (PA), saíram da atividade encantadas e estimuladas com o universo da robótica.
Dante falou sobre a presença dos robôs no cotidiano, frisando que o primeiro contato das pessoas com a robótica normalmente se dá na infância, com os brinquedos eletrônicos. Ele lembrou ainda da importância atual dos robôs para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, sendo hoje muito utilizados em ultra-sons, reabilitação de pessoas e processos cirúrgicos mais delicados.
“É preciso estudar a ‘robótica do bem’, ou seja, fazer com que esta área da ciência esteja a serviço da melhoria da qualidade de vida das pessoas. Atualmente já avançamos muito nos estudos e na aplicabilidade da robótica na sociedade, os telefones celulares são um exemplo prático disso e com sistemas muito mais avançados do que aqueles que fizeram com que o homem chegasse a lua”, destacou.
Educação
Dante Barone também ressaltou a importância da robótica no processo educacional das crianças e adolescentes. Ele mostrou as experiências de Porto Alegre (RS) e do Estado de Goiás com projetos de inclusão digital nas escolas.
O programa “Primeiras Ciências”, por exemplo, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, tem demonstrado resultados muito positivos na utilização dos computadores para o ensino da Física e da Matemática.
“Os alunos do ensino fundamental e médio das escolas de Porto Alegre, onde estamos aplicando o programa Primeiras Ciências, têm tido um interesse e um rendimento muito maior nas aulas de física e matemática, por exemplo, disciplinas onde normalmente esses alunos têm maior dificuldade, o que nos indica que a computação e os conhecimentos da robótica podem proporcionar além da inclusão digital, uma melhoria considerável no aprendizado das crianças e adolescentes”, explicou Barone.
Ao final da conferência, ele informou que levou esse debate sobre a importância da robótica educativa a uma audiência pública realizada recentemente no Senado Federal, onde ressaltou a necessidade de expandir as experiências de Porto Alegre e de Goiás para o restante do país.
Dante disse ainda que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) já demonstrou interesse sobre essa discussão e espera iniciar um programa de inclusão digital nas escolas amazonenses o quanto antes.
(Allan Tomaz Cardoso)
Fonte: Jornal da Ciência 3637, 07 de novembro de 2008.