Ministério da Saúde investirá R$ 10 milhões na Rede Malária
25 de novembro de 2008 - 09:14
O secretário de C&T e Insumos Estratégicos do ministério, Reinaldo Guimarães, confirmou o montante
O investimento de R$ 10 milhões por parte do Ministério da Saúde na criação da Rede Malária foi confirmada na terça-feira (18), em Brasília, pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (MS), Reinaldo Guimarães, durante o debate realizado após a palestra Descentralização e Investimentos em C&T para Área da Saúde, proferida por ele dentro da programação do Fórum do Consecti e Confap.
Esses R$ 10 milhões garantirão os R$ 30 milhões esperados pelos parceiros que já contavam com R$ 19,5 milhões, oriundos do CNPq e de sete fundações de amparo à pesquisa (FAPs). São elas: do Amazonas (Fapeam), que propôs a criação da rede; Pará (Fapespa), Maranhão (Fapema), Minas Gerais (Fapemig), São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj) e Mato Grosso (Fapemat).
Os R$ 30 milhões são para ações a serem desenvolvidas no período de quatro anos. Após a afirmação do investimento, que sairá do Departamento de C&T do MS (Decit), Guimarães foi aplaudido pelo público composto por secretários estaduais de CT&I e dirigentes de FAPs de todo o país.
Parcerias
Reinaldo Guimarães também falou sobre a importância do Programa Pesquisa para o Sistema Único de Sáude (PPSUS), que é feito em parceria com os sistemas estaduais de C&T. E disse, ao ser questionado, que as secretarias estaduais de saúde também poderiam aportar recursos para o programa, mas que essa iniciativa deve partir de articulações locais. “Articulação política é necessária para que as secretarias de saúde também façam esse aporte. Hoje, apenas oito secretarias de Estados contribuem com o programa.”
O presidente do Confap e diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, reafirmou a importância do programa. “O PPSUS é um exemplo de sucesso de programa descentralizado”, concluiu.
Rede
Iniciativa da Fapeam, a proposta da Rede Malária partiu também de grupos de pesquisa que já desenvolvem projetos voltados aos estudos de malária no Amazonas, em instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT).
Os pesquisadores membros da comissão que discute a consolidação da rede estiveram reunidos, em Brasília, no CNPq, no dia 17. O próximo encontro será também em Brasília, no dia 8 de dezembro, com os representantes do Ministério da Saúde e do CNPq, além das FAPs.
(Fabiana Santos para o Gestão C&T online)
(Gestão C&T, n.784)
Fonte: Jornal da Ciência 3646, 21 de novembro de 2008.