Minas vai incentivar nanotecnologia com a instalação de centro de biotecnologia

30 de outubro de 2008 - 09:33

O investimento será de R$ 120 milhões, em quatro anos

De olho na economia do conhecimento e na competitividade global em todas as áreas, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) confirma projeto de um Centro de Nanotecnologia focado em biotecnologia para Minas Gerais.

Os recursos, cerca de US$120 milhões em quatro anos, poderão vir de várias fontes e a cooperação técnica deverá ser firmada com o Instituto de Novos Materiais (INM), de Saarland, na Alemanha, considerado um dos mais importantes do mundo.

De acordo com a superintendente de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Sectes, Déa Fonseca, a intenção é trabalhar um centro seguindo o modelo alemão, mas com o foco nas potencialidades já trabalhadas em Minas. O projeto do Plano de Negócios do Centro de Nanobiotecnologia será encaminhado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) nas próximas semanas. Os recursos para elaboração desse plano devem chegar a R$400 mil.

Déa Fonseca disse que a aproximação com o INM, que tem o pesquisador brasileiro, Peter Oliveira, como diretor, foi fundamental para que Minas Gerais decidisse pelo avanço do projeto de instalação do centro de nanotecnologia. Ela ressaltou que em Minas Gerais, algumas instituições desenvolvem estudos voltados para a nanotecnologia, entre elas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) e Fundação Ezequiel Dias (Funed).

A delegação alemã foi composta por sete pessoas, entre representantes da Agência de Promoção Econômica de Saarland, do Instituto de Novos Materiais (INM) e das empresas Nanogate e Nano-x. Segundo Thomas Schuck, que chefiou a delegação na vinda a Belo Horizonte, classificou a visita como muito proveitosa, inclusive os contatos com os órgãos governamentais e as empresas.

Shuck disse que as duas empresas que compuseram a delegação ainda não fecharam negócios, mas tiveram oportunidade de fazer bons contatos, lembrando que o mercado brasileiro está pronto para receber os produtos de Saarland, muitos deles voltados para construção civil, como revestimentos especiais já utilizados no mercado americano.
(Assessoria de Comunicação da Secretaria de C&T de MG)

Fonte: Jornal da Ciência 3629, 28 de outubro de 2008.