Macaé conta com novo espaço dedicado à divulgação da ciência entre os jovens
29 de outubro de 2008 - 11:24
Espaço Ciência foi aberto dia 23 de outubro
Uma réplica de golfinho (Pontoporia blainvillei) em tamanho natural, e outra, bastante realista, de um tubarão anequim (Isurus oxyrynchus) com 3,80m de comprimento – a maior réplica de tubarão atualmente em exibição no país. Exemplos da fauna marinha que habita o litoral fluminense, esses modelos são os grandes atrativos da exposição “Diversidade dos Ecossistemas Costeiros do Norte Fluminense”, com que o Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (Nupem/UFRJ) marcou não só sua participação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, como também a abertura de seu Espaço Ciência, inaugurado nesta quinta-feira, 23 de outubro.
Da mostra, que permanecerá aberta mesmo depois do final da semana de C&T, também fazem parte painéis explicativos e jogos interativos sobre a fauna aquática da região. As crianças que visitarem a mostra também poderão sugerir um nome do tubarão, escolhido como mascote da exposição.
O Espaço Ciência do Nupem abrigará ainda a reconstituição de um costão rochoso como forma de expor a diversidade da fauna local. A mesma que despertou a curiosidade do naturalista Charles Darwin, que, em 1832, passou por Macaé e por outras cidades do norte fluminense coletando exemplares de peixes, aves e outros organismos. O costão está dividido em supralitoral, mesolitoral e infralitoral, mostrando os animais que habitam em cada uma dessas faixas. “Na área do supralitoral, que é seca, vivem organismos terrestres, mas de algum modo ligados ao ambiente aquático, como baratinhas de praia – que apesar do nome são crustáceos – e gastrópodes, que são moluscos com concha, e as aves marinhas”, fala o professor de Zoologia de Vertebrados do Nupem/UFRJ, Fabio Di Dario.
“A região de mesolitoral sofre influência direta das marés, ficando totalmente coberta pela água na maré alta, e exposta ao sol na maré baixa. Nessa faixa, encontramos cracas e mexilhões, que sobrevivem muito bem à dessecação graças às suas conchas. Já o infralitoral, a parte submersa, é habitada por uma variedade imensa de vida marinha”, continua o professor.
A exposição é gratuita e aberta ao público em geral, estudantes de todos os níveis e crianças acompanhadas por professores ou responsáveis. Monitores do Nupem e estagiários guiarão os visitantes nas atividades programadas, sem necessidade de inscrição prévia.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Fapesp)
Fonte: Jornal da Ciência 3628, 27 de outubro de 2008.