Deputado Ariosto Holanda Alerta Sobre o Desafio da Capacitação Tecnológica Brasileira
7 de julho de 2008 - 09:19
O Deputado Federal Ariosto Holanda (PSB-CE) alertou acerca dos desafios, obstáculos e ameaças que o Brasil deve superar para que alcancemos uma posição respeitável no Índice de Desenvolvimento Humano, destacando que tal objetivo só será atingido através da Educação. O alerta foi feito durante a palestra em que proferiu no II Workshop Internacional de Inovações Tecnológicas na Irrigação e no I Simpósio Brasileiro sobre o Uso Múltiplo da Água – II WINOTEC, realizados em Fortaleza, dos dias 10 a 13 de junho, no Hotel Oásis.
Citando o alarmante diagnóstico, realizado pelo Conselho de altos Estudos da Câmara de Deputados, Holanda destacou seis pontos principais para explicar esse quadro, como o elevado número de analfabetos funcionais, o analfabetismo tecnológico das pequenas empresas, a ausência de ensino tecnológico, a baixa escolaridade da população, a elevada concentração de renda e a baixa colocação do Brasil no PISA.
Para ilustrar a situação, o Deputado Federal elucidou os índices que demonstram as más condições de escolaridade do nosso país, entre eles a ultima posição, em uma lista de 40 países, em leitura, matemática, e ciência, além da também da última posição entre as nações emergentes no que concerne ao cumprimento das metas para inserir-se na sociedade do conhecimento.
Alertou sobre o analfabetismo tecnológico dos pequenos segmentos produtivos do país, sem instrumentos de acesso às inovações tecnológicas, contribuindo assim para o marasmo e o fracasso em suas tentativas de desenvolvimento. “O avanço da tecnologia tem resultado no aprofundamento do conhecimento de poucos e no aumento da ignorância de muitos”, acarretando uma forma perversa de exclusão que é a do saber para trabalhar.
Para revertemos esse quadro Ariosto Holanda defende uma mudança intensa na Educação. “Primeiro temos de aprender a aprender”, destacando as inúmeras formas de obter conhecimento, não somente dentro da sala de aula, mas também com formas e métodos assistidos e interativos, embasados fortemente na ciência, no domínio da matemática, informática e das línguas.
Conclui que a Educação deveria “atender a um projeto de país”, já que o desenvolvimento e o crescimento econômico só seriam alcançados se tivessem fortes enlaces com a educação. Criar mecanismos ágeis e flexíveis de transferência de conhecimento para a população, atalhos que avancem sobre mecanismos tradicionais da educação e ações que atinjam a grande massa de excluídos para que a Educação seja integrada com a Ciência e Tecnologia.
Holanda acusou a concentração de renda do País em ser o grande vilão dessa situação. Destacou que nos anos 1960, Finlândia e Coréia do Sul possuíam situação semelhante à brasileira e, embora em situações diferentes das nossas, lançaram programas de melhoria da Educação e conseguiram ter altos índices de nível educacional já nos primeiros anos da atual década.
(fonte: Agência FUNCAP)