Brasil ‘exporta’ portal de software público
20 de agosto de 2009 - 07:03
Projeto selecionará de 2 a 5 países para os quais serão criados sites de compartilhamento de programas iguais ao que já existe no Brasil
Um projeto do PNUD em parceria com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão brasileiro vai selecionar de dois a cinco países da América Latina e Caribe para os quais serão criados portais de compartilhamento de softwares semelhantes ao Portal Software Público Brasileiro.
No site, 29 programas desenvolvidos por órgãos do governo do Brasil estão disponíveis para o uso de outras esferas do poder público e da sociedade em geral. Cada um dos softwares tem uma comunidade de usuários que trocam informações sobre o programa e podem fazer modificações nos códigos, aperfeiçoando-os de acordo com suas necessidades. Os países candidatos a receber um portal semelhante até agora são Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Costa Rica e Trindad e Tobago.
O Portal do Software Público Brasileiro já é foco de outro projeto com apoio do PNUD, em que um dos softwares brasileiros disponíveis no site será traduzido para o espanhol e disponibilizado numa página própria, voltada aos latino-americanos.
A criação de portais semelhantes em outros países será um primeiro passo para que, além de softwares brasileiros, programas de outros países possam ser compartilhados por mais nações, explica o coordenador do portal nacional, Corinto Meffe. Além disso, Meffe conta que aqui o Portal de Software Público ajudou “no desenvolvimento econômico e social. Já existe um mercado [baseado nestes softwares]”. A idéia é criar este desenvolvimento também em outros países. O coordenador no portal brasileiro ainda conclui: “O Brasil está criando um modelo de ecossistema de produção de softwares.”
Os países candidatos a receber o seu próprio portal de software público conhecerão melhor o projeto durante a próxima Conferência Latino-americana de software livre (Latinoware), que acontece em outubro, em Foz do Iguaçu. A partir daí, todos os interessados devem apresentar suas propostas à organização da iniciativa, que deve escolher os países contemplados até o fim deste ano. A seleção levará em conta, principalmente, o grau de articulação de cada país em torno do projeto. “Se tiver governo, ONG’s e empresas envolvidas, por exemplo”, explica Meffe. Após a seleção, os portais internacionais têm previsão de estarem prontos até o fim de 2011.
Fonte: Site do PNUD, 17 de agosto de 2009.