Brasil entra na maior rede de doadores de medula
28 de janeiro de 2009 - 09:47
“É um grande avanço. Representa o reconhecimento internacional da qualidade do sistema brasileiro”, diz Alberto Beltrame, secretário de Atenção à Saúde do ministério
Karina Toledo escreve para “O Estado de SP”:
O Sistema Nacional de Transplantes brasileiro vai integrar a maior rede de registros de doadores de medula óssea do mundo – a americana National Marrow Donor Program (NMDP).
As negociações começaram no início de 2008, mas só agora a qualidade dos registros e do sistema de busca, coleta e armazenamento de medula brasileiro foi reconhecida. A portaria do Ministério da Saúde que autoriza pacientes estrangeiros a utilizar o banco nacional deve ser publicada hoje no Diário Oficial.
“É um grande avanço. Representa o reconhecimento internacional da qualidade do sistema brasileiro”, diz Alberto Beltrame, secretário de Atenção à Saúde do ministério. “Isso abre as portas. Já estamos em negociação com os alemães.”
A medida amplia as possibilidades de busca por doadores feita pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e reduz os gastos com a busca internacional – que corresponde a 45% das buscas para pacientes brasileiros.
Desde 2001, o SUS financia a identificação internacional de doadores, que custa cerca de R$ 50 mil. Com a abertura do banco brasileiro, o recurso arrecadado com o envio de células-tronco de brasileiros para outros países será investido no custeio da busca internacional.
O NMDP é o maior banco de doadores voluntários. Além dos 7 milhões de americanos cadastrados, há 3 milhões de pessoas de outros países. O brasileiro tem mais de 800 mil. Até o fim do ano, o ministério espera atingir 1,5 milhão. Para isso, serão investidos R$ 7 milhões.
(O Estado de SP, 22/01)
Fonte: Jornal da Ciência 3686, 22 de janeiro de 2009.