Vitopel e UFSCar desenvolvem papel sintético de plástico
4 de outubro de 2010 - 13:42
Produto inovador promete ser uma solução sustentável para os resíduos plásticos. A empresa, que investiu R$ 4 milhões no desenvolvimento do papel, vai produzi-lo em escala comercial
A Vitopel e a Universidade de São Carlos (UFSCar) assinaram nesta terça-feira (14/09), contrato para exploração comercial e licenciamento de patente do Vitopaper, papel sintético feito de diversos tipos de plásticos reciclados, um desenvolvimento conjunto entre a indústria e a universidade.
Segundo o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho, a parceria entre universidade e indústria deve sempre ser incentivada. “Ações como esta servem para fomentar o desenvolvimento e a competitividade para o País”, afirma o executivo.
Para Sérgio Fernandes, diretor industrial da empresa, a parceria agregou a tecnologia da Vitopel no desenvolvimento de filmes bi-orientados com a uma idéia inovadora dos pesquisadores da UFSCar em compatibilizar as propriedades dos diversos plásticos. “O resultado dessa união de forças é um produto inovador com características sustentáveis, boa performance na aplicação e que traz um benefício direto a sociedade”, completou Fernandes.
Vitopaper
O Vitopaper foi desenvolvido após três anos de pesquisas, com investimentos de R$ 4 milhões da empresa. Trata-se de um papel sintético que tem como diferencial ser resultado da reciclagem de diferentes tipos de plásticos (PP, PE, EPS, entre outros). Esses plásticos são coletados no pós-consumo, como embalagens plásticas, rótulos e sacolas plásticas. “Para cada tonelada de Vitopaper produzido, retiramos das ruas e lixões cerca de 850 quilos de resíduos plásticos”, destaca o presidente da Vitopel.
Sua fabricação utiliza a mesma tecnologia aplicada na produção de filmes flexíveis de polipropileno – usados em rótulos, embalagens de alimentos e bebidas, pet food, indústria gráfica, entre outros. O resultado é um material de alta qualidade visual, resistente, similar ao papel “couché”, de textura agradável ao toque e extremamente resistente (não rasga, não molha), que permite a escrita manual com caneta de diversos tipos ou lápis, além da impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como off-set plana ou rotativa.
Outra vantagem do produto é no processo de impressão, que absorve menos tinta, gerando uma economia ao redor de 20% em relação a outros materiais. E, por ser de plástico, o Vitopaper também é reciclável.
Todas essas características capacitam o Vitopaper a ser utilizado para impressão de livros técnicos e científicos, livros didáticos, livros de arte, material corporativo institucional (Relatório Anual de empresas), peças para o mercado promocional e de comunicação visual.
O produto foi lançado no mercado em meados de 2009 e, de lá para cá, a Vitopel produziu mais de mil toneladas deste papel. Este ano, o trabalho da empresa foi no sentido de triplicar a produção.
Sobre a Vitopel
A Vitopel investe anualmente cerca de US$ 2 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e detém outras patentes de produtos criados para diversos mercados. Em Votorantim se localiza a única Planta Piloto e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da América Latina, o que lhe permite a busca constante por soluções em filmes flexíveis para as mais diversas demandas.
(Fonte: Yellow Comunicação – 15/09/2010)
Fonte: Site PROTEC, 15 de setembro de 2010.