Empresas de TIC terão suporte para a internacionalização

27 de julho de 2009 - 05:20

Empresas da área de tecnologia da informação e comunicação (TIC) de todo o Pais, que tenham interesse em atuar em mercados internacionais, podem se inscrever no Projeto Brasil IT – Emerging Players. O programa é resultado da parceria entre a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

O objetivo é internacionalizar essas empresas em um período de dois anos com a meta de saltar o volume de exportações de US$ 100 mil em 2008 para US$ 1,4 milhão em 2009 e US$ 2,3 milhões em 2010. 

De acordo com Mauricio Schneck, assessor de Relações Internacionais da Anprotec, os mercados-alvo iniciais são Estados Unidos, México, França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Espanha e Colômbia.

O assessor explica que o projeto apoiará o desenvolvimento da cultura exportadora das empresas por meio de um trabalho de diagnóstico, análise e consultoria que seguirá a metodologia EMM (Export Maturity Model) ou Modelo de Maturidade Exportadora composta por cinco níveis a fim de identificar o interesse da empresa em exportar, seguido pelo potencial exportador, pela definição do mercado, estratégia de atuação e, por fim, a fase da exportação. 

“A partir do momento que os empreendimentos forem selecionados, todos contarão com o apoio de consultores para conhecer as necessidades de melhorias e realizar as adequações técnicas. Já para as empresas mais preparadas, esse suporte poderá incluir pesquisas sobre o mercado-alvo e a participação nos principais eventos do setor como a CeBIT e o ITxpo, na condição de expositor ou prospector de negócios. A participação em eventos deve gerar negócios, que comporão um dos resultados quantitativos do projeto”, explica Schneck.

Para Alessandro Teixeira, presidente da Apex-Brasil, a parceria com a ANPROTEC visa alavancar o processo de internacionalização de empresas de TICs que ainda têm um baixo nível de experiência no exterior, mas que, já apresentam boas práticas de gestão e um grande potencial técnico. “As ações incluem planejamento estratégico, inteligência comercial e branding do setor. Além disso, outros dois projetos da agência complementam o apoio a empresas com níveis maiores de maturidade de internacionalização”, explica Teixeira.

Schneck ressalta que há diferença entre internacionalizar e exportar, o primeiro se refere à freqüência de atendimento ao mercado, enquanto que o outro ao atendimento de uma demanda eventual. “Acredito que a fase mais relevante do projeto será a orientação, pois muitas vezes o que falta ao empresário brasileiro não é apenas o dinheiro, mas informação, coragem e foco. As primeiras orientações que sempre damos é enfrentar um mercado de cada vez, planejar as estratégias e estruturar a operação”, aconselha.

Informações: www.brasil-it-emerging-players.com.br 

 

 

 

Fonte: Info-e ano VII nº 186, 7 de julho de 2009.