Novo Núcleo de Biotecnologia será inaugurado no Espírito Santo
11 de setembro de 2008 - 10:20
Inauguração será na terça-feira, dia 9 de setembro, às 9 horas
Os investimentos feitos pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia (Fapes), estão contribuindo para a implantação da nova sede do Núcleo de Biotecnologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) no campus de Maruípe, em Vitória. A inauguração acontece nesta terça-feira, às 9 horas.
Diversos equipamentos do novo laboratório do Núcleo, utilizados para pesquisas, foram adquiridos pela Fapes totalizando uma verba de mais de R$ 1 milhão. São eles: o fluxo laminar, prensa, espectofotômetro, cromatógrafo via líquida de alta eficiência (HPLC), materiais de consumo, dentre outros.
A nova infra-estrutura possibilitará que pesquisadores contribuam para expansão do conhecimento científico-tecnológico no Estado, com a formação de mestres e doutores, iniciação científica e na realização de pesquisas tragam resultados positivos para a sociedade.
Para o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Rogério Silveira de Queiroz, a inauguração do novo laboratório do Núcleo de Biotecnologia tem significado especial para o Governo Estadual. “O novo laboratório é a síntese da política de ciência e tecnologia do Espírito Santo, pois atua em formação avançada de recursos humanos, estímulo a jovens pesquisadores, solução de problemas de importância para o desenvolvimento estadual e na inovação tecnológica”, disse.
A nova sede também conta com recursos financeiros do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Vitória.
O Núcleo de Biotecnologia tem atuado nas áreas do agronegócio e da saúde, com enfoque em biologia celular e molecular na fruticultura; tecnologia de fabricação e processamento de bebidas, alimentos funcionais e bases moleculares dos aspectos fisiopatológicos de doenças; pesquisa de novas terapias e desenvolvimento de diagnósticos. O trabalho envolve 25 professores-doutores, além de mestres, especialistas, graduados e alunos de pós-graduação stricto-sensu e de graduação.
Pesquisas
Os equipamentos são utilizados em linhas de pesquisa, como por exemplo, a de alimentos que trabalha com a esterilização a frio de polpas para sucos de frutas tropicais e água de coco, utilizando pressão hidrostática para conservação do sabor e do aroma natural sem perder as propriedades nutrientes.
Outra linha de pesquisa desenvolvida no laboratório do Núcleo é o estudo envolvendo leveduras relacionadas à melhoria e qualidade de bebidas fermentadas e destiladas, como a cachaça, como “O efeito do estresse causado pela pressão hidrostática na membrana da levedura saccaromyces cerevisiae”.
Os equipamentos também têm auxiliado em pesquisas relacionadas aos efeitos de estresses bióticos (vírus, fungos, bactérias) e abióticos (temperatura, água) na parede e na membrana das folhas, projeto também de grande importância para o agronegócio capixaba.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Biotecnologia, Patrícia M.B Fernandes, estudos como estes, estão contribuindo para o desenvolvimento do setor produtivo capixaba. “O resultado destas pesquisas poderá beneficiar produtores locais na cultura e comercialização de seus produtos ou serviços”, disse.
O laboratório também possibilita a formação, a capacitação e o aperfeiçoamento de recursos humanos com qualidade, necessários à ampliação e à diversificação da capacidade científica e tecnológica de interesse para o Espírito Santo. “O Núcleo de Biotecnologia tem atendido, atualmente, seis estudantes de doutorado, oito de mestrado e oito de iniciação científica. Todos estes bolsistas por meio de recursos da Fapes”, disse a coordenadora.
“Esforços conjuntos dessa natureza, envolvendo o mundo acadêmico e os setores produtivos, com recursos dos Governos Federal e Estadual são a chave para o futuro do Espírito Santo, em que o conhecimento terá destaque especial na geração de riquezas”, ressalta ainda o secretário.
Informações a Imprensa:
Assessoria de Comunicação da SECT
Fonte: Jornal da Ciência 3592, 05 de setembro de 2008.