Estudo Mapeia as Características do Emprego de Doutores e Mestres Brasileiros

7 de julho de 2008 - 09:22

Relatório preliminar discutido no Workshop Demografia da Base Técnico-científica no Brasil apresenta a proposta de realizar o primeiro mapeamento das características do emprego de doutores brasileiros em 2004, de acordo com a área de conhecimento.

O projeto, que estará concluído nesse período de junho/julho, cruza dados do Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC) com os registros da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O encontro foi dirigido às instituições envolvidas e que trabalham com questões relacionadas à qualificação e formação superior de profissionais, como as já referidas, CAPES, CNPq, além do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Previdência (MPS), o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio- Econômicos (Dieese).

O relatório preliminar discutido no Workshop constata que a política de pós-graduação no país vem sendo mantida desde a década de 1970. A quantidade de pós-graduandos vem aumentando consideravelmente, mas é preciso ainda fazer com que a pós-graduação atenda de formas mais adequada as necessidades do desenvolvimento brasileiro. “O crescimento da pós-graduação brasileira é absolutamente espetacular em termos internacionais (…), no entanto precisamos pensar em formas diferentes de interferir na dinâmica da pós-graduação, que não seja aquela de apenas pelos interesses acadêmicos”, alerta, Eduardo Viotti, um dos consultores envolvidos no projeto, sobre a contribuição que mestre e doutores poderiam dar ao avanço econômico. O estudo demonstra que dos doutores com empregos formais, 44% se concentram na área da educação, tanto na academia quanto nas escolas, e cerca de 43% encontram-se na administração publica, revelando como a minoria está longe das empresas e indústrias.

(fonte: CGEE – Centro de Gestão de Estudos Estrtégicos).