Visita do reitor da UECE ao IIESP, da UnB

16 de agosto de 2013 - 11:20

O reitor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), professor Jackson Sampaio, participou no último dia 9 de agosto, de reunião no Instituto da Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa (IIESP), na Universidade de Brasília (UnB). Entre os assuntos da pauta estavam a política de cotas sociais e étnico-raciais, os critérios de reconhecimento como quilombola de uma comunidade em Jaguaretama e a oferta, pela UECE, do curso Encontro de Saberes, que há quatro anos é ofertado pela UnB.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança, com regularidade, edital para criação e apoio de Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCTIs, que hoje somam 122. O IIESP, da Universidade de Brasília (UnB), é um destes INCTs.

O IIESP trabalha em rede, funcionando como observatório das políticas de inclusão social nas universidades, publicando mapas de inclusão e realizando pesquisas sobre o tema. Desde 2010 desenvolve o projeto Encontro de Saberes nas Universidades Brasileiras, que tem por objetivo propiciar um espaço de experimentação pedagógica e epistêmica no ensino capaz de inspirar o resgate dos saberes tradicionais e inovações que beneficiem a todos os envolvidos – estudantes, mestres e professores.

Segundo o professor Jackson Sampaio, o Projeto Encontro de Saberes nas Universidades Brasileiras tem a forma de um curso semestral, que pode certificar como curso de extensão e como disciplina optativa de graduação. A proposta é interministerial, pois tem o apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Cultura (MinC), e desenvolve, em torno de um tema – como construção ecológica, saúde mental, artes e ofícios, entre outros -, amplo debate sobre como os saberes tradicionais tratam o assunto.

O IIESP já formou quatro turmas e prepara a quinta para 2014. Tem havido discussões com o MEC e o MinC sobre a oferta de uma primeira turma fora de Brasília. A UECE candidatou-se, demonstrando disposição de realizar articulações internas, entre as Pró-Reitorias de Graduação (PROGRAD) e de Extensão (PROEX), e externas, entre as Secretarias de Cultura do Estado do Ceará e do Município de Fortaleza.

“Além disso, a Secretaria de Educação a Distância deve ser mobilizada para apoiar a realização de seminários do curso da UECE possam integrar o curso da UnB, e vice-versa”, disse o professor Jackson, acrescentando que a UECE deve constituir um grupo de trabalho para integrá-lo à IIESP.

O reitor lembrou que o Estado do Ceará criou, de modo pioneiro, os Mestres dos Saberes Populares, e que a UECE tem grandes intelectuais que lidam com o tema, de forma multidisciplinar, como as professoras Cláudia Leitão, do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA); Marcélia Marques, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC); e Cleide Carneiro, do Centro de Ciências da Saúde (CCS); além de Oswald Barroso, do Centro de Humanidades (CH), entre outros. A UECE também sedia o Projeto Ekobé, no Curso de Enfermagem, e o Grupo de Permacultura, no Curso de Ciências Biológicas, ambos do CCS.

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