Estudantes de Medicina da Uece apresentam 21 trabalhos em Congresso de Cirurgia

14 de agosto de 2025 - 15:00

Entre os dias 7 e 10 de agosto, estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece) participaram do 36º Congresso Brasileiro de Cirurgia, promovido pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Rio de Janeiro. O evento reuniu pesquisadores, docentes, médicos e acadêmicos de todo o país para discutir avanços, desafios e inovações na prática cirúrgica.

Representando a Liga Acadêmica de Transplantes e Medicina Intensiva (LATMI), sob orientação do professor Vicente Bruno e da professora Ivelise Brasil, os estudantes Edejonas Alves do Nascimento e Raimundo Lenilson de Araújo Junior tiveram 12 trabalhos aprovados, entre e-pôsteres e comunicações orais: Mortalidade intra-hospitalar associada a transplantes renais no SUS: uma análise por região brasileira em um período de 10 anos; Transplante de fígado de doador vivo e de doador falecido: comparação dos custos e internações entre procedimentos; Panorama geral do transplante de segmento venoso valvulado no Brasil: um estudo de uma década (2015-2024); Fatores organizacionais que mantêm a fila zero para transplante de córneas no Ceará: uma análise observacional no Instituto Banco de Olhos do Ceará; Transplante cardíaco no Ceará: desempenho sistêmico, limitações estruturais e desafios para a gestão da política pública de saúde; Transplante hepático no Ceará: avanços estruturais, integração regional e desafios persistentes; Análise do panorama de transplante pulmonar no Norte e Nordeste brasileiro: é possível ampliar a transplanteção?; Transplante renal isolado versus transplante simultâneo de pâncreas e rim no SUS: análise comparativa de desfechos e custos hospitalares ao longo de uma década; Panorama atual da cirurgia de transplantes de pâncreas no Brasil: uma análise da última década e desafios na doação de órgãos; Mortalidade infantil na lista de espera para transplante cardíaco pediátrico no Brasil em 2024: foco no cenário do estado do Ceará; Fila zero no transplante de córneas – uma conquista do Instituto Banco de Olhos do Ceará; e Cirurgias eletivas e urgentes da cavidade abdominal no Sistema Único de Saúde: uma análise comparativa dos últimos 10 anos.

 

Pela Liga Acadêmica de Cirurgia e Anatomia (LACAN), do campus de Fortaleza, o estudante Pedro Vinicius Pompeu de Oliveira apresentou três e-pôsteres: Resultados pós-operatórios de herniorrafia laparoscópica com tela autoaderente: uma revisão sistemática; Desfechos a longo prazo da cirurgia de Hartmann em comparação à anastomose primária no tratamento da diverticulite perfurada: uma revisão sistemática; Análise da eficácia da lavagem peritoneal, comparando-a com apenas a drenagem abdominal, em cirurgias abdominais complicadas: uma revisão sistemática e meta-análise.

A Liga de Cirurgia Plástica da Uece (LCP) também esteve presente, representada pela estudante Mirele Vasconcelos, que apresentou seis trabalhos: A cirurgia de reparo total ou parcial do nariz e seu financiamento no Sistema Único de Saúde: um estudo dos últimos 5 anos; Tratamento cirúrgico de hiperqueratose plantar com correção plástica no Brasil: uma análise dos últimos 5 anos; Pilhas de botão no trato gastrointestinal: quando a urgência é química e cirúrgica; Estimativa da superfície corporal queimada: métodos e limitações; Custos x internações da cirurgia de colecistectomia no Brasil: um estudo dos últimos 10 anos.

Além de reforçar a relevância da produção científica, a participação expressiva da Uece no congresso demonstra o impacto positivo do trabalho integrado das ligas acadêmicas, que desenvolvem ações no tripé universitário — ensino, pesquisa e extensão.

As três ligas participantes são vinculadas à Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Cirurgia (ABLAC), entidade que conecta estudantes de todo o país para fortalecer a formação cirúrgica. A presença da Uece no congresso reafirma o protagonismo estudantil e o compromisso em produzir ciência com impacto direto na melhoria da prática médica e na integração regional com outras universidades. A experiência fortalece a autonomia acadêmica, estimula a troca de saberes e amplia a presença da Uece nos mais importantes espaços científicos nacionais, contribuindo para o desenvolvimento da cirurgia no Ceará e no Brasil.