PROFESSORAS DO CURSO DE GEOGRAFIA DA FAFIDAM REALIZAM AULA DE CAMPO NA ÁREA DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA DO MOVIMENTO SEM TERRA (MST).

6 de novembro de 2025 - 17:15

 

 

No dia 03 de novembro de 2025, as professoras do curso de Geografia da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM), Dra. Andrea Bezerra Crispim e Dra. Bernadete Maria Coêlho Freitas, realizaram aula de campo das disciplinas de Geografia Agrária, Gestão de Bacias Hidrográficas e Geografia da População, no assentamento Bernardo Marin II, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado na Cidade de Russas-Ceará. A aula de campo teve como objetivo articular a base teórica discutida em sala de aula com a realidade das famílias assentadas, que desenvolvem a produção agroecológica no campo, com ênfase na justiça social e na sustentabilidade ambiental.

As aulas de campo têm como objetivo fortalecer a formação dos/as Licenciandos/as em Geografia, possibilitando o contato direto com as questões socioambientais trabalhadas nos componentes curriculares, ampliando a compreensão crítica sobre o uso e ocupação dos territórios e favorecendo uma maior articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

Durante a visita, os discentes tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento da área de produção agroecológica do assentamento, onde são cultivados diversos alimentos sem o uso de agrotóxicos, reafirmando o compromisso das famílias na perspectiva da soberania alimentar e a sustentabilidade ambiental. A troca de saberes com os/as assentados/as permitiu passar aos discentes uma maior compreensão no âmbito do trabalho coletivo e solidário, sendo esses dois pontos fundamentais na consolidação de práticas produtivas mais sustentáveis. A realização da atividade possibilitou, também, discutir a relevância histórica e política do MST, que por meio da luta pela terra, pela reforma agrária e por políticas públicas voltadas à agroecologia, contribui na construção de um modelo de desenvolvimento mais solidário. O assentamento Bernardo Marin II, é a materialização da resistência camponesa frente à concentração fundiária e ao avanço do agronegócio, reafirmando a importância da luta social como instrumento de transformação da sociedade.