Março celebra 9° edição do REVIF
31 de março de 2025 - 15:56
Nos dias 26 e 27 de março de 2025 ocorreu o IX Seminário Reexistência: escritas e vivências feministas (REVIF), que em sua nona edição teve como tema A vida começa quando a violência acaba: um caminho de coragem para a liberdade “. Inspirado na trajetória de luta e combate à violência contra a mulher, de Maria da Penha Maia Fernandes, homenageada deste ano; o evento/movimento fortaleceu sua parceria com o Instituto Federal do Ceará (campus de Limoeiro do Norte) ao ocorrer parte da programação nas dependências do Instituto e ampliou seu caráter extensionista ao levar a universidade até a escola em uma conversa através dos Círculos de Cultura.
Assim o REVIF iniciou suas atividades as 8 horas da manhã, do dia 26 com o Círculo de Cultura: Sociedade, Política e Democracia, coordenado pela prof. Cintya Chaves e com a participação do discente do curso de História Luiz Carlos da Silva, na EEM Lauro Rebouças de Oliveira.
A mesa de abertura aconteceu no Instituto Federal do Ceará, as 14 horas contando com muita música proporcionada pelo PIBID de música do IFCE, coordenado pelo Prof. João Paulo Guerreiro (IFCE), a presença de Lucenir Jerônimo Chaves ( Diretora da Fafidam), Mayara Salgado ( Diretora de Ensino de IFCE) e Cintya Chaves ( Coordenadora Geral do REVIF de 2025). Em seguida, ocorreu a mesa intitulada: Experiências, saúde e escritas da violência contra a mulher, que contou com as seguintes palestrantes: Ana Verônica Barbosa Isidório (UECE); Olga Damasceno Nogueira de Sousa (UNIFOR); Izy Rebeka Gomes Lima (Núcleo de Acolhimento às Mulheres Vítimas de Violência da UECE), e mediação da Profa Diana Nara Oliveira (UECE/FAFIDAM).
As 19h, no auditório do IFCE ocorreu o Sarau, coordenado por Geovana Barros, com o apoio das estudantes Sabrina Martins e Beatriz Silva. A primeira parte da noite foi marcada por uma intervenção simbólica e emocionante. Velas foram acesas como um tributo silencioso às mulheres vítimas de feminicídio. A música ficou por conta dos alunos do curso de música e bolsistas PIBID. Os acordes e melismas ressoaram a luta, a força e resiliência de tantas mulheres. Fomos tocadas também pela poesia de Erilene Lima e Thais Almeida. Elas declamaram versos que tocam diretamente nas feridas da violência, mas também celebraram a coragem de quem luta e resiste. O lançamento do documentário “A Vida Começa Quando a Violência Acaba”, idealizado pela coordenação do evento e produzido por Rozenildo Leitão e Dândaro Marques Ribeiro, nos tocou de maneira profunda, provocando lágrimas diante dos relatos intensos e poderosos de mulheres extraordinárias. Cada história compartilhada foi um testemunho da dor, mas também da força e da resistência dessas mulheres, que, apesar das adversidades, continuam a lutar por igualdade e dignidade. Para finalizar, Kênia Diógenes, professora e cordelista evocou as belezas do nosso Nordeste através do cordel.
No dia 27, as 8 horas foi realizado ato na Câmara de Limoeiro do Norte, reunindo professores, estudantes, membros de movimentos sociais com bonitos cartazes produzidos na oficina de cartazes do dia 24/03/25, coordenado pela estudante Mazé Amâncio. Articulado pela estudante Sane da Silva Oliveira, o ato foi em prol de políticas que combatam o feminicídio e mais delegacias das mulheres no interior do estado do Ceará, em especial para Limoeiro do Norte. O coletivo fez uso da tribuna através do discurso potente da estudante e ativista Damiana Bruno.
As 14 h, no IFCE ocorreu a mesa intitulada Política Públicas contra a violência doméstica, tendo como palestrante Rayssa Cristina Santiago dos Santos (Defensoria Pública do Ceará/Morada Nova); Annajara Torquato (Advogada/ Casa da Mulher Limoeiro do Norte) e mediação da Prof. Izandra Falcão Gomes (UECE).
Com auditório do IFCE lotado por estudantes e professores e direção de Centros da UECE e IFCE (Valmir Dias Soares), o evento contou a presença de estudantes e professores EEM Lauro Rebouças de Oliveira.
As 19 h, na escola Wilson Estácio foi realizado o Círculo de Cultura: “Violência contra as mulheres: entender para combater”, coordenado pela Profa. Maria da Conceição Rodrigues, (coordenadora de Gênero e Diversidade Sexual do IFCE), finalizando no dia 28, com o Círculo de Cultura Maternidade e Saúde, coordenado pela estudante Damiana Bruno.
Nesta edição destaca-se o envolvimento de estudantes dos cursos de História e Letras da UECE, (com participação do Programa de Educação Tutorial de História – PET) e de música do IFCE, integrantes do Programa Institucional de Bolsa a Iniciação à Docência.
Atualmente, o REVIF se reconhece como um lugar amplo e diverso que acolhe as diferentes histórias e experiências femininas, mobiliza, visibiliza e denuncia as múltiplas e interseccionais formas de opressão do patriarcado, do racismo e do capitalismo.
