Grupo NATERRA realiza ciclo de debates sobre o Vale do Jaguaribe

8 de setembro de 2020 - 14:13

Entre os meses de julho e setembro de 2020 foi realizado, de modo remoto, o Ciclo de Debates Questão Agrária, Território e Resistência do Vale do Jaguaribe, o qual reuniu professores/as, pesquisadores/as, estudantes, agricultores/as e representantes de movimentos sociais que discutiram assuntos relacionados à dinâmica agrária da região jaguaribana.
Foram aproximadamente 160 inscritos no Ciclo de Debates, composto por quatro encontros onde foram debatidas temáticas relacionadas ao contexto social, territorial, econômico e ambiental do Vale do Jaguaribe, a partir de diferentes nuances e perspectivas, mas com foco na questão agrária. As temáticas dos encontros e seus respectivos debatedores foram:

1) Questão Agrária e Conflitos Territoriais, com Maria de Jesus (MST) e Hidelbrando Soares (UECE/FAFIDAM);

2) Luta pela Terra e Reforma Agrária, com Ricardo Cassundé (MST) e Claudemir Martins (IFAL); Água, Agrotóxicos e Injustiça Ambiental, com Ada Pontes (UFCA) e Diego Gadelha (IFCE); Agroecologia, Gênero e Resistências, com Camila Dutra (UECE) e Lourdes Vicente (IFCE/MST).

A atividade foi organizada pelo Grupo de Pesquisa Campo, Terra e Território (NATERRA), vinculado à Universidade Estadual do Ceará e reconhecido pelo CNPq, que congrega professores/as e estudantes dos cursos de Geografia, História e Pedagogia das unidades da UECE de Fortaleza e de Limoeiro do Norte. A realização do Ciclo de Debates contou com o apoio da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM), do Movimento 21 de Abril (M21), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e do Centro Acadêmico de Geografia (CAGEO).
Na opinião da comissão organizadora do evento, coordenada pela professora Lucenir Chaves e pelo professor Leandro Cavalcante, ambos do curso de Geografia da FAFIDAM/UECE, a atividade foi importante por contribuir no debate crítico acerca de temas atuais que impactam diretamente a vida da população jaguaribana, como o acesso à terra, a privatização da água, os impactos pelo uso de agrotóxicos, os conflitos territoriais, a injustiça ambiental, entre outros, mas que também evidenciaram os processos de resistência e mobilização na região, a partir da luta pela terra e pela água, da valorização da agroecologia e do trabalho das mulheres no campo.