Pós-doutorando do PPGS coordenará GT no VII Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira

25 de abril de 2017 - 19:42

 

De 12 a 15 de agosto, acontece em Fortaleza o VII Simpósio Internacional sobre a Juventude Brasileira. Este sétimo encontro que trás como tema  Juventudes: movimentos, experiências, redes e afetos, deseja sublinhar esses conceitos que aglutinam as dezenas de tópicos sugeridos por jovens nos fóruns realizados em Fortaleza e Sobral e também nacionalmente, através de nossa fanpage, quando consultados sobre o que é ser jovem hoje e o que julgavam importante se discutir neste evento.

 

O Pós-doutorando do PPGS José de Souza Muniz Jr., estará juntamente com Lucas Amaral de Oliveira (USP) e Maria Carolina de Vasconcelos e Oliveira (CEBRAP) coordenando o GT “A dimensão coletiva das práticas culturais juvenis”.

 

O prazo final para submissão de resumos para o VII Simpósio é até 10/05.

Para mais informações acesse a página de inscrições do evento: http://jubra2017.com.br/inscricoes/

 
 

A dimensão coletiva das práticas culturais juvenis

As últimas décadas testemunharam o surgimento de instâncias coletivas de produção e difusão de obras artísticas protagonizadas por frações variadas da juventude brasileira. Dentre elas, chamam a atenção: festivais de cinema, teatro e dança; feiras de fanzines, livros de artista e outras publicações; saraus literários e batalhas de poesia (slam); espaços e centros independentes de arte e música; coletivos artísticos e outras redes descentralizadas de trabalho intelectual. Tais iniciativas se desenvolvem atreladas a espaços diversos de sociabilidade, contando, por vezes, com o incentivo do Estado, de ONGs ou outras institucionalidades (públicas ou privadas) interessadas em seu desenvolvimento, consolidação e continuidade.

Este Grupo de Trabalho, de caráter interdisciplinar, receberá propostas dedicadas a compreender práticas artísticas, culturais e intelectuais da juventude brasileira em sua dimensão coletiva. O objetivo é congregar pesquisadores, educadores e produtores dedicados a analisar práticas e estratégias coletivas de ação cultural e de criação estética, mobilizando diferentes conceitos e enquadramentos analíticos para entender as formas de conexão intersubjetiva (grupo, agrupamento, coletivo, coletividade, turma, fração, geração etc.) e os espaços objetivos nos quais tais práticas se desenvolvem (tribo, subcultura, cena, circuito, rede, mundo, campo etc.). Nessa medida, pretende-se fomentar tanto a discussão sobre as condições de possibilidade dessas práticas no contexto contemporâneo, quanto o resgate e a análise da produção cultural coletiva de outras épocas, com destaque para o papel do segmento juvenil na introdução de mudanças no panorama artístico brasileiro.

Embora o foco seja a produção cultural (objeto do Eixo Temático 8 do JUBRA 2017), o GT se propõe a fomentar discussões sobre as relações dessa experiência com outros âmbitos da vida juvenil, contemplados por outros eixos do encontro: a relação entre ócio, lazer e mundo do trabalho, com destaque para a questão da profissionalização do jovem artista (Eixos 4 e 10); as relações de classe, gênero e etnia vigentes nessas práticas e/ou o tratamento dessas questões na produção estética dos coletivos (Eixos 1 e 7); o desenvolvimento de práticas artísticas por jovens estudantes, militantes, devotos, pertencentes a contextos de vulnerabilidade social ou em conflito com a lei (Eixos 2, 6, 9 e 11).

Nesse sentido, o GT aceitará dois tipos de contribuição: (1) relatos de pesquisa que abordem práticas, estratégias, trajetórias e experiências, individuais ou grupais, implicadas nessas iniciativas, desde que remetidas à sua dimensão coletiva; (2) relatos de experiência de artistas, educadores, produtores e mediadores culturais envolvidos com essas práticas, bem como de formuladores e executores de políticas relacionadas ao seu fomento.

Serão considerados, como critérios de seleção: o caráter reflexivo e crítico das propostas; o vínculo consistente e inovador das análises teóricas e empíricas aos estudos sobre o tema; sua contribuição à formulação de políticas públicas voltadas à produção cultural juvenil; e a diversidade regional e institucional dos participantes.