PPGS relizará evento público sobre extrativismos e processos de resistência territorial
10 de agosto de 2023 - 10:26
No dia 01 de setembro de 2023 será realizado, no Programa de Pós-Graduação em Sociologia, evento público sobre extrativismos e processos de resistência territorial, com as seguintes atividades:
– Mesa Redonda com a temática;
– Exposição Fotográfica “Eu fui tão feliz que dói” – Fotógrafos Anacé
– Defesa Pública da Tese de Doutorado “Eu fui tão feliz que dói”. Entre políticas de invisibilidade e políticas de existência: os Anacé e o Complexo Portuário do Pecém, Ceará, de Luciana Nogueira Nóbrega, sob a orientação da professora Lia Pinheiro Barbosa
Sobre a Exposição Fotográfica:
“Sou tão feliz que dói” é uma exposição semeada pela luta Anacé, não somente em seus atos e manifestações, mas no afeto que o encontro nessas lutas gera. Nos avanços, nas escolas construídas, nas hortas plantadas, nos rituais do toré e do São Gonçalo, na mezinha e na cultura alimentar Anacé, nos troncos velhos que ainda guardam o território e na presença marcante dos encantados.
A exposição toma emprestado uma citação que remonta ao passado pré-desapropriação de parte do território Anacé, que no futuro viria a ser ocupado por complexos industriais e teria seu povo realocado. Dentro desse relato de dor, as memórias desse território vivo e pulsante ultrapassam a tirania do capital e se mostram firmes nesse lugar: tão feliz que dói! 🌳
Nossa exposição tem o objetivo de ser a primeira exposição totalmente composta de fotógrafos Anacé. Um território que, mesmo antes da escola Brotar Cinema, conta com grandes expoentes de fotografia no estado do Ceará. Durante esse mês, estaremos recebendo e curando fotografias que mostrem a felicidade que o Povo Anacé de cada território, e espalhados pelo mundo, pode colocar em sua luta, resistência e diferentes existências.
Contando com um time de curadores da juventude Anacé e com alguns integrantes do grupo Tamain Arte Indígena, serão selecionadas 40 obras autorais que abordem o tema proposto.
Queremos dar luz a essa imensa diversidade de pensamentos e trajetórias, tão preciosa em territórios como Japuara, Taba, Cauípe, Parnamirim e todos que compõem um dos povos indígenas que mais leva à frente a ideia de retomada.
E de ser tão feliz que dói! 💫