Creatina e Função Cerebral

24 de maio de 2021 - 18:13

Mais uma notícia da semana enviada por nossa bolsista PIBITI-CNPq Mariana Ferreira Pinto.

Revisão de literatura recente investigou o corpo de evidências existentes acerca da suplementação de creatina em relação à função cerebral. Existem evidências robustas para a suplementação de creatina no fornecimento de energia muscular, melhorando força, potência e ganho de massa magra. O maior estoque de creatina corporal está nos músculos, no entanto o cérebro demanda até 20% da energia do corpo, tendo um potencial uso do sistema PCr e já é sabido que a depleção de creatina cerebral pode ter associação com retardo mental, atraso na aprendizagem, autismo e convulsões. Não há evidências de que a creatina cerebral seja influenciada pela ingestão alimentar habitual, uma vez que há níveis semelhantes em vegetarianos e onívoros. Quando a síntese intracerebral é limitada, o fornecimento a partir da dieta pode afetar positivamente suas concentrações. A literatura sugere aumentos de creatina e fosfocreatina (PCr) cerebrais após a suplementação (aumento de 5-10% do conteúdo). Nesses casos, a suplementação de creatina (2-20g/dia por 1-8 semanas) demonstrou efetividade na melhora da função cognitiva e parece oferecer um efeito neuroprotetor para indivíduos com alto risco de lesões cerebrais traumáticas. Os autores referem a necessidade de estudos que avaliem concomitantemente cérebro, creatina e função cognitiva. Consideram que os dados apontados são promissores, justificando a realização de pesquisas. Confiram na seção Downloads Suplementação de creatina e função cerebral.