XVI Encontro Estadual da Juventude Sem Terra reuniu cerca de 350 jovens na Uece

28 de julho de 2023 - 10:48

O evento reuniu jovens ligados aos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Reforma agrária, produção de alimentos saudáveis e democracia. Esses foram alguns dos temas abordados no XVI Encontro Estadual da Juventude Sem Terra, que aconteceu entre os dias 24 e 27 de julho, no campus Itaperi, na Universidade Estadual do Ceará (Uece).

O evento ocorre anualmente há 16 anos e, em todas as edições, a juventude do MST debate pautas importantes ao Movimento e a toda a sociedade. Neste ano, o tema “Juventude Sem Terra: combater o agro, garimpo e a mineração, romper as cercas, alimenta a nação” foi a tônica do encontro, que envolveu cerca de 350 jovens de mais de 80 municípios do estado do Ceará em debates, plenárias, místicas e outras atividades culturais, como dança, roda de capoeira, paródias e oficinas de arte digital, literatura, audiovisual, tranças, batucada, entre outras.

O encontro teve como objetivo retomar o processo organizativo, analisar a conjuntura política e agrária, apontar os desafios da juventude dos assentamentos e dos acampamentos e planejar ações de fortalecimento da reforma agrária popular.

O reitor da Uece, professor Hidelbrando Soares, ressalta “o orgulho e a alegria de participar desse momento, que tem uma relevância muito significativa para o MST, para a Uece e para toda a sociedade” e avalia que a relação entre a Uece e o MST é muito importante para a Universidade porque “o Movimento é um dos mais importantes da sociedade brasileira na luta por aquilo que nós todos desejamos: um país mais justo, mais inclusivo e mais sustentável. É nas bandeiras de luta e de realização do MST que encontramos esse rastro importante de esperança em um país melhor para todos nós.”. O reitor falou, ainda, das novas oportunidades de formação para a juventude interiorana na Uece, que “vive um momento histórico” de expansão e de interiorização. E finaliza: “esta casa também é de vocês”.

Para Luz Marin, da direção do MST, o Encontro “representa, para nós, um momento celebrativo da vida que pulsa na juventude do nosso movimento, mas também um momento de organizar os coletivos de juventude dos territórios, de incentivar a nossa juventude a se colocar no processo de organização, de estudo, de trazer para nós essa experiência e de conhecer as universidades públicas, porque, para muitos, é o primeiro contato com essas instituições. Esse, para a gente, é um dos pontos mais importantes, não estar só na estrutura, mas também ter acesso ao conhecimento que é produzido nesse espaço”.

 

Com fotos do MST