Vacina da Uece: acordo de cooperação para produção da vacina contra Covid-19 é retomado
2 de junho de 2023 - 14:14
As ações previstas no acordo de cooperação para desenvolvimento e produção da vacina cearense contra a Covid-19, assinado em 2021, entre o Governo do Ceará, por meio da Secitece, Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Fiocruz, serão retomadas em breve.
O reitor da Uece, professor Hidelbrando Soares, esteve na sede da Fiocruz Ceará, no último dia 30, para discutir o assunto, com a participação da secretária da Secitece, Sandra Monteiro, a coordenadora geral da Fiocruz, Carla Celedônio, o vice-reitor da Uece, Dárcio Teixeira, a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da Uece, Ana Paula Rodrigues, a pesquisadora Izabel Florindo, que chefia o grupo de criação da vacina cearense 2H120 Defense na Uece, o pesquisador da Uece, Ney Carvalho, e o pesquisador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor.
A cooperação entre as instituições visa realizar ajustes solicitados pela Anvisa na fase de testes em animais da vacina cearense 2H120 Defense, revendo e ampliando resultados. Isso é necessário para que os pesquisadores possam realizar a submissão de documentos para solicitar autorização para dar início aos testes em humanos.
Para o reitor Hidelbrando Soares, “a retomada desse diálogo é necessária para viabilizar o processo de normatização junto aos órgãos responsáveis e seguir com o avanço das pesquisas”.
“Precisamos consolidar, aproximar e avançar com esta parceria que irá favorecer, sobretudo, a população cearense. Temos o importante apoio do governador Elmano para conquistar esse objetivo”, destacou Sandra Monteiro.
Carla Celedônio apresentou os avanços e perspectivas do trabalho que vem sendo realizado na Fiocruz e ressaltou a importância de consolidar essa parceria. Também foi apresentado um calendário das atividades previstas ainda para o ano de 2023.
Vacina cearense
Com investimento de cerca de R$ 1 milhão oriundos do Fundo de Inovação Tecnológica (FIT), aportados pela Funcap, a vacina 2H120 Defense propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, semelhante ao SARS-CoV-2. Esse microorganismo seria capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra a Covid-19.
A pesquisa, iniciada em 2020, no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), passou pela fase pré-clínica (teste em animais) e agora parte para a fase clínica (teste em humanos). Com a possível conclusão da pesquisa, o país poderá contar com uma vacina de baixo custo e de aplicação intranasal.
Com informações e imagem da Secitece