Uece em combate constante ao Aedes aegypti

5 de agosto de 2016 - 12:21

 

Conscientizar e agir. Essa é a missão da Universidade Estadual do Ceará (Uece) frente aos espantosos números de casos das doenças zika, dengue e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, no primeiro semestre de 2016, foram notificados 73.028 casos de dengue no Estado.

Além dessas doenças, outros males podem ser causados a partir delas, como a microcefalia, condição neurológica em que a cabeça e o cérebro da criança são menores do que os de outras da mesma idade e sexo. O crescimento do cérebro é insuficiente durante a gestação ou após o nascimento, o que causa problemas no desenvolvimento da criança. Outro problema grave é a multiplicação da ocorrência da Síndrome de Guillain-Barré.

O país inteiro luta contra o minúsculo inimigo. Universidades e outras Instituições pesquisam, de modo incansável, maneiras para combatê-lo. Os jornais revelam, quase que diariamente, a gravidade da situação e passa uma das principais mensagens dos órgãos competentes: prevenção. Prevenir, por ora, é a mais eficiente arma contra o Aedes aegypti.

A Uece, compreendendo a situação, realiza ações de conscientização e combate a esse mosquito. Com uma comunidade de, aproximadamente, 25.000 pessoas, a Uece preocupa-se não só no “mostrar como se faz para combater”, mas também mobiliza as pessoas para “agir”.

 

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Em 2016, a Universidade, em parceria com o Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Fortaleza, iniciou a campanha “Todos contra o Mosquito”, que “consiste em conscientizar a comunidade acadêmica sobre a responsabilidade cidadã que temos no combate a epidemia”, explicou Verônica Campello, professora da disciplina Doenças Parasitárias, também responsável por atividades da campanha.

Foram confeccionadas e espalhadas, no Campus Itaperi, armadilhas recicláveis, do tipo ovitrampa, realização de coleta de dados, apresentação das conclusões e discussão  com as equipes de ação educativa e intervenção territorial, distribuição de folders, panfletos e fixação de cartazes.

Outra medida institucional foi a instalação da Comissão Permanente de Combate ao Aedes aegypti, coordenado pela diretora do Centro de Ciências da Saúde, Glaucia Posso Lima. Seu principal objetivo é atingir todos os campi da Uece, na capital e interior, no combate ao inseto, trabalhando em dois eixos: Ação Educacional e Intervenção Territorial.

Treinamento para formação da brigada da Uece contra o mosquito também foi uma estratégia. Na ocasião foi possível orientar servidores da limpeza, zeladoria, manutenção e suas respectivas chefias, para os devidos cuidados diários. O treinamento foi dividido em duas partes: teórica e prática.

 

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No início do período 2016.1, os novos alunos foram convidados para mais uma ação: Saúde, Educação e Cuidado: todos contra o mosquito. A iniciativa consistiu na realização de seis diferentes trilhas feitas pelos estudantes, acompanhados por professores e agentes de saúde. Os calouros, assim também como alunos veteranos, visitaram os departamentos da instituição com a missão de orientar a comunidade quanto aos cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes aegypti, além de distribuir panfletos educativos. Os “trilheiros” levaram também sacos plásticos para coleta de possíveis criadouros de larvas do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zica, como copos descartáveis e tampinhas de garrafa.

Essas e outras ações, como os debates promovidos pela Web Rádio Ajir, da Uece, são formas de levar o conhecimento e a prática não só dentro dos campi universitários, mas a todos os locais que os 23.000 membros dessa comunidade alcança.

 

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Com o mesmo pensamento de disseminar a ideia, a Uece realizará uma série de matérias, notícias e artigos semanais que apresentarão ao público os trabalhos desenvolvidos pela nossa Universidade, em parceria com unidades de Saúde, Secretarias e com o Governo do Estado.