Nada de grande se faz sem paixão

23 de janeiro de 2014 - 11:52

A sessão de observação de planetas e aglomerados de estrelas, amanhã, sexta-feira, dia 24, será a última organizada por Luidhy Santana, à frente do Observatório Otto de Alencar. Ele colou grau no último dia 10 de janeiro e mês que vem ele vai para São José dos Campos, onde fará mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Antes mesmo de se formar em Física, Luidhy foi aceito no mestrado do INPE, que promove e executa estudos, pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e capacitação de recursos humanos, nos campos da Ciência Espacial e da Atmosfera, das Aplicações Espaciais, da Meteorologia e da Engenharia e Tecnologia Espacial.

No dia 5 de abril de 2013, Luidhy e sua equipe realizaram a primeira visita guiada ao Observatório Astronômico Otton de Alencar da (UECE), localizado no Campus do Itaperi. Depois vieram muitas outras ao longo do ano.

Naquela noite de abril, a paixão de Luidhy e dos outros estudantes pela Física entranhou em mim e certamente em todos que lá estavam. Logo eu, que tinha aversão à Física. Em apenas duas horas aprendi muito mais do que me foi ensinado em sete anos nos bancos escolares – quatro do então ginasial e três do que era chamado científico.

Não só aprendi. Foi melhor ainda: descobri que há poesia na Física. Mas isso – eu sei – não se ensina. Compartilha-se.

Saí do Itaperi em estado de alumbramento. Certamente Manoel Bandeira teria saído de mãos dadas comigo igualmente alumbrado e até teria escrito um poema ao saber que tudo que existe sobre a terra, incluindo os humanos, um dia já foi estrela.

Parabéns, Luidhy, e nossos agradecimentos por compartilhar seu amor pelo cosmos nas memoráveis noites de sexta-feira, no Observatório Otto de Alencar, com todos nós. O que evoca o filósofo alemão Hegel: “Nada de grande se faz sem paixão”.

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