Monografia de conclusão de curso da UECE ganha prêmio do Tribunal de Justiça

5 de dezembro de 2014 - 16:36

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Larissa recebendo seu prêmio na solenidade do Tribunal de Justiça

A monografia apresentada por Larissa Loiola Batista para ser diplomada bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará, ficou em segundo lugar no Prêmio Cidadania Judiciária, instituído pelo Tribunal de Justica do Ceará (TJ/CE) e pela Fundação Demócrito Rocha (FDR). A cerimônia de entrega das premiações foi realizada quarta-feira, dia 3 de dezembro.

Intitulada “Auxílio-Reclusão: um estudo sobre a percepção dos contribuintes da Previdência Social à luz da criminalização da pobreza e do estigma do preso”, a monografia de Larissa lhe rendeu a segunda colocação na categoria Academia Aluno do prêmio do TJ/FDR.

Tendo como orientadora a professora Maria Stela Pereira Accioly, Larissa aliou sua experiência como estagiária no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) à sua inquietação com o preconceito contra o benefício para estudar o auxílio-reclusão, benefício previdenciário que visa amparar os dependentes do contribuinte de baixa renda que se encontra encarcerado.

“A monografia tem por finalidade identificar e analisar qual a visão dos contribuintes da Previdência Social acerca da política previdenciária do auxílio-reclusão, à luz da teoria da criminalização da pobreza e do estigma social do preso”, diz Larissa na introdução de seu trabalho.

Um tema polêmico, por certo, que, à primeira vista, parece não combinar com a doce e suave Larissa, mas que passa determinação e firmeza pela voz. Ela colou grau em setembro de 2014, com sua irmã gêmea, Lorena, também bacharel em Serviço Social, e mora com a família no bairro Vila Velha, perto da barra do Ceará.

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Larissa (à esquerda) e sua irmã gêmea Lorena (direita) ladeando o reitor da UECE no dia da colação de grau das duas em Serviço Social.

Larissa começou a cursar Serviço Social na UECE, mas logo depois trancou, pois queria estudar para tentar entrar em uma faculdade de Direito. Desistiu e voltou, em 2011, para o Itaperi. Ela diz que ainda bem que não passou para Direito pois terminou por se identificar inteiramente com o Serviço Social.

No momento, ela está estudando para concorrer a uma vaga para Residência Integrada em Saúde (RIS), da Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará. A prova será no dia 11 de janeiro. Se aprovada, quer trabalhar na Pediatria do Hospital Albert Sabin. A carga horária é pesada, 60 horas semanais, das 7h da manhã às 7h da noite, de segunda à sexta. “Mas a gente sai com o título de especialista porque é estudo e prática juntos”, esclarece.

A residência dura dois anos. Durante este período, e com o dinheiro da bolsa, Larissa espera casar com Pedro Emmanuel, seu amor há cinco anos e meio, que passou em concurso para o mesmo órgão que premiou o trabalho de Larissa, o Tribunal de Justiça.

Confira a monografia “Auxílio-Reclusão: um estudo sobre a percepção dos contribuintes da Previdência Social à luz da criminalização da pobreza e do estigma do preso”