Mais de 2.500 alunos da Uece serão beneficiados com reajuste de bolsas da Funcap

6 de junho de 2023 - 13:49 # # #

Na tarde desta segunda-feira (5), o governador Elmano de Freitas anunciou o reajuste das bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, equiparando os valores das bolsas recebidas pelos pesquisadores no Ceará aos patamares do que hoje é repassado pelo Governo Federal. A proposta agora segue para aprovação na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). “Na data de hoje, enviarei à Assembleia Legislativa uma mensagem fazendo o reajuste das nossas bolsas [estaduais]. A bolsa de iniciação científica, que era no valor de R$ 450, na proposta, será de R$ 700. A de mestrado, antes no valor de R$ 1.660, estamos reajustando para R$ 2.100. A de doutorado estamos reajustando de R$ 2.440 para R$ 3.100. A de pós-doutorado, de R$ 5 mil para R$ 5.200. Com isso, o investimento anual será de quase R$ 67 milhões, para ajudar a academia e os pesquisadores. Isso é uma grande conquista”, detalhou o governador Elmano de Freitas.

A pró-reitora de Políticas Estudantis da Uece, professora Mônica Cavaignac, comemora o reajuste das bolsas: “foi com muita alegria que recebemos o anúncio do governador Elmano sobre o aumento no valor das bolsas de graduação e de pós-graduação no âmbito estadual com base nos valores pagos pelo Governo Federal. Nós consideramos a concessão de bolsas, tanto as bolsas custeio, como as bolsas financiadas com recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP, por meio do Programa de Bolsa Acadêmica de Inclusão Social (BSocial) da Funcap, uma importante ação de assistência estudantil que contribui diretamente para a permanência universitária dos estudantes dos cursos de graduação.”.

A professora explica, ainda, que, com as bolsas, os estudantes arcam com despesas do cotidiano, como transporte, alimentação, material de estudo, acesso à internet, entre outras, sendo importante uma articulação da bolsa com atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de possibilitar o enfrentamento à pobreza. Atualmente, a Uece oferta 1.374 bolsas por ano, com duração de 10 a 12 meses, através do Programa de Bolsa Acadêmica de Inclusão Social (BSocial).

A pró-reitora de Graduação, professora Mazza Maciel, ressalta o impacto positivo do reajuste, que impactará 576 bolsas do programa de educação tutorial (PET) e de monitoria: “O reajuste nas bolsas materializa uma política pública que compreende o ensino superior, a pesquisa e a extensão como estratégias de um estado que reconhece e valoriza a enorme contribuição da educação e da ciência, com vistas a um desenvolvimento socialmente justo e inclusivo e uma melhor inserção regional no cenário nacional. As bolsas de estudos da Uece democratizam o acesso e a permanência no ambiente acadêmico e de pesquisa a muitos estudantes vulnerabilizados, isto é, atingidos e fragilizados por sua condição social, econômica, étnica, de gênero (negros, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência etc.) e por serem residentes de periferias, além de outros fatores limitantes e excludentes” pontua a professora.
A pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, professora Ana Paula Rodrigues, afirma que o reajuste das bolsas estava sendo bastante esperado: “na Uece temos alunos com bolsa CNPq e Capes que estavam recebendo bolsas com valores mais altos do que os bolsistas Funcap, mesmo estando em um mesmo programa e até em um mesmo laboratório. Isso estava trazendo desestímulo e descontentamento para bolsistas Funcap, e, agora, essa questão será corrigida. Estamos muito agradecidos pela sensibilidade do Governo do Estado”.

A pró-reitora destaca, ainda, que o reajuste é fundamental para a pesquisa e para o desenvolvimento científico e tecnológico do estado e do país, impactando 376 bolsistas de iniciação científica e 209 bolsistas de mestrado e doutorado, “uma vez que as bolsas fornecem suporte financeiro para os estudantes (de graduação e de pós-graduação) e os pesquisadores, pois permitem que eles se dediquem integralmente às suas atividades acadêmicas e de pesquisa, estimulando, ainda, a excelência acadêmico-científica” finaliza.

Para a secretária Sandra Monteiro, titular da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), a iniciativa fortalece o apoio aos pesquisadores e, consequentemente, à produção científica. “Mais do que o recurso é o investimento na cidadania e na dignidade dos estudantes e suas famílias. O Estado compreende a importância da educação, da ciência e, principalmente, da dignidade”, disse Sandra Monteiro.