LabVida celebra 25 anos com convidados e diálogos sobre Direitos Humanos
28 de maio de 2025 - 15:47
O Laboratório de Direitos Humanos, Cidadania e Ética da Universidade Estadual do Ceará (LabVida/Uece) acaba de completar 25 anos de existência. Para celebrar a data, realiza, nesta quarta-feira (28), no Auditório Central, campus Itaperi, das 8h às 16h, o Ciclo de Debates Direitos Humanos e Universidade.
Autoridades convidadas estiveram presentes na abertura do evento. Ao lado da coordenadora do LabVida, professora Glaucíria Mota Brasil, estiveram o representante da Reitoria, chefe de Gabinete, professor Altemar Muniz; o ex-secretário dos Direitos Humanos da Presidência da República, Mário Mamede; o presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania da Alece, deputado Renato Roseno; a deputada estadual Larissa Gaspar; o diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa/Uece), professor Joaquim Neto Cysne; a coordenadora geral da Casa da Mulher Brasileira do Ceará, Daciane Barreto; a vice-presidente do SindUece, professora Virgínia Márcia Assunção; e o representante estudantil, Kai Elliott Chauchis.
Professora Glaucíria fez uma fala de agradecimentos por todas as lutas e parcerias. “Gostaria de agradecer, principalmente, os professores e professoras que são colegas de luta. E também agradecer pelas parcerias com o poder público, que tem um papel muito fundamental”. A coordenadora deu as boas-vindas e agradeceu a presença de todos.
Representando o reitor Hidelbrando Soares, o chefe de gabinete Altemar Muniz salientou a importância do LabVida. “O Laboratório faz parte de todo um ecossistema que essa universidade tem produzido no sentido de combater o machismo, a misoginia, a homofobia, o assédio, a violência, porque entendemos que isso é também nosso papel, devendo ocorrer de uma forma institucionalizada, para a construção de uma sociedade sem preconceitos, mais justa e democrática”.
A deputada estadual Larissa Gaspar parabenizou o trabalho executado ao longo dos 25 anos do LabVida. “Gostaria de parabenizar o Labvida, bem como a professora Glauciria, por estar à frente dessa iniciativa que é tão importante para a produção de conhecimento, para a formação de profissionais que estejam conectados com a necessidade de mudanças sociais, de forma a promover a justiça social e a dignidade humana”. A parlamentar destacou, ainda, a relevância da Universidade e de sua produção para o desenvolvimento de políticas públicas. “O trabalho que é desenvolvido na academia, essa produção de saber, de conhecimento através da pesquisa, através das iniciativas que vocês apresentam na universidade, é muito importante para qualificar as políticas públicas, bem como para nossa atuação no parlamento, no sentido de propor projetos que possam ajudar na construção de mais e melhores políticas públicas”.
O diretor do Cesa, professor Joaquim Neto Cisne, demonstrou a preocupação da instituição com a pauta das políticas públicas, pontuando alguns dos cursos da Uece voltados para a temática e parabenizou o LabVida “pela luta constante a favor dos direitos humanos”.
A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Daciane Barreto, também parabenizou o Laboratório. “Meus parabéns por esse trabalho maravilhoso que, cotidianamente, vocês vêm desenvolvendo aqui na Uece… Nosso país precisa de pessoas que percebam a importância de um país livre, sem violência, amoroso. Esperamos e lutamos por esse futuro, onde todos tenham pão, onde todos tenham liberdade, onde todos tenham luz, educação, moradia, lazer e felicidade. É isso que nós desejamos, é para isso que nós lutamos, com nossa resistência e fé no povo brasileiro”.
Após o momento de abertura, o evento teve prosseguimento com a primeira mesa de debates “Direitos Humanos e Universidade: lutas e resistências”, com a participação da professora Glaucíria Mota Brasil, Mário Mamede e Renato Roseno, e mediação do professor da Uece, Geovani Jacó de Freitas.
No turno da tarde, acontece o debate “Memórias e Vivências: redes de estudos, pesquisas e afetos na defesa, garantia e promoção dos Direitos Humanos”, com a presença da secretária estadual da Igualdade Racial, Zelma Madeira; a coordenadora do Núcleo de Acolhimento Humanizado às Mulheres em Situação de Violência (NAH/Uece), professora Teresa Esmeraldo; a doutoranda do PPGS/Uece e pesquisadora do LabVida, Lara Abreu Cruz; a mestra em Serviço Social/Uece, Érica Santiago; o mestrando do PPGS/UFC, Lucas Barbosa Vieira; e o assistente social e coordenador do Serviço Social do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, Michel Carvalho Barbosa; com a mediação da vice-coordenadora do LabVida, professora Maria Gomes Fernandes Escobar.
Saiba mais
Criado em 2000 por meio da Resolução nº 2222-CEPE, o Laboratório de Direitos Humanos, Cidadania e Ética da Universidade Estadual do Ceará (LabVida/Uece) completa 25 anos de existência como um espaço dedicado à pesquisa, extensão e formação crítica na área dos Direitos Humanos. Ao longo de sua trajetória, o LabVida tem direcionado suas ações às demandas da sociedade brasileira, com atenção especial à realidade cearense.
Idealizado pelas professoras e pesquisadoras Maria da Conceição Pio (in memoriam) e Glauciria Mota Brasil, o LabVida busca contribuir, de modo efetivo e plural, para o debate político-social e acadêmico, abordando conflitos e problemáticas relacionados aos direitos humanos em diferentes contextos.
Vinculado ao Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa/Uece), atualmente, o Laboratório é coordenado por sua fundadora, professora Glaucíria, e conta com a vice-coordenação da professora Maria Escobar.
O LabVida atua com quatro linhas de pesquisa: Direitos humanos e políticas de segurança pública; Saúde mental, drogas e sociabilidades; Margens, Direitos Humanos e Proteção Social; e Políticas públicas, direitos humanos, juventudes e velhices.
Entre os muitos trabalhos de pesquisa já publicados ao longo dos anos, estão os livros “Tópicos sobre segurança pública e cidadania: guardas municipais, teorias e práticas”, “Tiempo de Mediación, Liderazgo y Acción para el Cambio”, “Prevenção Criminal, Segurança Pública e Administração da Justiça”, “As desigualdades de gênero e raça na América Latina no século XXI”, Dilemas da “nova” formação policial: experiências e práticas de policiamento” e “A Face feminina da Polícia Civil: genêro, hierarquia e poder”.
Mais informações no site https://www.uece.br/cesa/labvida/