Exposição fotográfica proporciona nova experiência para estudantes da Uece

25 de julho de 2019 - 16:50 # # # # #

 

Fotografias que revelam olhares, tradições e histórias, transformadas em arte, chamam a atenção de quem passa pelo hall do prédio da Reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A exposição Iandé Átã Joaju (Juntos Somos Fortes), de Marcos Vieira, recebeu para visitação, entre mais de 200 pessoas, duas turmas do curso de graduação em Psicologia da Uece.

A experiência dos estudantes foi uma atividade das disciplinas “Psicologia e Arte” e “Introdução a Produção Científica”, conduzidas pelas professoras Cleide Amorim e Raimunda Eliana Barroso, respectivamente.

A exposição fotográfica tem como objetivo principal retratar a cultura, a arte e as faces dos Tremembés da Barra do Mundaú e fortalecer o processo de resistência e luta pela demarcação das terras indígenas no Ceará e no Brasil.

A docente Raimunda Eliana Barroso viu na exposição uma boa ocasião para mostrar aos seus alunos do primeiro semestre “que a universidade não é apenas dentro da sala de aula”, destacou. “Aproveitamos para fazer uma discussão sobre a comunidade indígena que está sendo tão atacada no Brasil… É importante conhecermos a cultura e sabermos que esses povos fazem parte também da nossa identidade. A gente discute nessa disciplina [Introdução a Produção Científica] a produção do conhecimento, e a arte também é um dos planos do saber humano”.

Para a professora Cleide Amorim, que buscou proporcionar aos seus alunos uma “experiência prática” com a linguagem artística, a presença das obras no campus universitário é também um convite para criar novos olhares. “A possibilidade de realizar essa ação dentro do Campus, além da facilidade de deslocamento da turma, permite um novo olhar para os espaços do cotidiano acadêmico, o que se insere na proposta mais ampla da arte de ver a vida diferentemente”.

A estudante Maria Miosotis Coe aprovou a experiência. “Quanto a exposição, achei linda, as fotos representam os rituais, a cultura, como eles vivem e é muito rico conhecer essa mescla da cultura deles com a nossa. Quanto a atividade, é muito interativa e está abrindo nossa mente para essas culturas, para o mundo no geral. É a primeira vez que visito uma exposição”.

Para o também aluno Paulo Airton Neto, o que é visto na educação básica sobre a história e vida indígena é pouco, e experiências como essa muito contribuem. “Adorei, pois a cultura indígena é pouco aprendida na escola, é só por cima. Poucas vezes a gente tem a oportunidade de ver imagens como essas”.

A monitora da turma do primeiro semestre, Jamilly Muniz Mylene Freitas, que é estudante do terceiro semestre também de Psicologia, concorda com Paulo. “Temos uma visão muito europeia por meio da escola”. Como monitora, ela destaca que “a gente acaba estimulando e aprendendo junto com os alunos do primeiro semestre”.

A exposição Iandé Átã Joaju permanecerá no Campus Itaperi até o dia 15 de agosto. De 19 de agosto a 30 de outubro, os campi da Uece no interior do Estado receberão as obras. No período de 2 a 30 de dezembro, a exposição estará novamente em Fortaleza, no Campus Fátima.