Docente da Uece é autora de campanha vencedora do Prêmio Innovare 2020
2 de dezembro de 2020 - 16:05 #Innovare #racismo #Uece #Zelma
A professora do curso de Serviço Social, coordenadora do Laboratório de Afro brasilidade, gênero e família (Nuafro) da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e coordenadora estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade racial do Ceará, Zelma Madeira, é uma das autoras da “Campanha Ceará Sem Racismo – Respeite minha história, respeite minha diversidade”, anunciada nesta terça-feira (01/12) como vencedora do Prêmio Innovare 2020, na categoria Justiça e Cidadania, em cerimônia apresentada pelo jornalista Heraldo Pereira.
Além da docente, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Igualdade Racial (Ceppir), é responsável também pela campanha a secretária da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Socorro França.
O Prêmio Innovare conta com o apoio do Grupo Globo e tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil, reconhecendo seu ineditismo, criatividade e alcance social.
Participam das Comissão Julgadora do Innovare ministros do STF e STJ, desembargadores, promotores, juízes, defensores, advogados e outros profissionais de destaque interessados em contribuir para o desenvolvimento do nosso Poder Judiciário.
A Campanha Ceará Sem Racismo – Respeite minha história, respeite minha diversidade, que concorreu ao Innovare com outros 646 projetos de todo o país, aciona a memória e o sentimento de pertencimento por meio das imagens de heróis do Brasil e do Ceará que contribuíram com a nação simbolizando resistência e representação identitária, como Chico da Matilde (Dragão do Mar), Preta Simoa, Cacique Daniel, Mãe Menininha do Gantois e Zumbi dos Palmares.
Lançada há pouco mais de um ano, a Campanha percorreu 60 municípios cearenses fazendo formação com gestores, servidores públicos e movimentos sociais de modo a despertar formas de enfrentamento ao racismo estrutural, além de prestar assessoria aos municípios para o fortalecimento e criação de conselhos de igualdade racial.
A professora da Uece fala sobre a felicidade de conquistar o prêmio. “Receber esse prêmio me deixa muito grata e consciente de que nós estamos trabalhando no caminho certo quando se quer alcançar igualdade racial e acessar a justiça racial. Esse prêmio serviu como baliza no norteamento do nosso trabalho. Estou muito agradecida e feliz com esse reconhecimento da nossa prática”.
Zelma Madeira destaca, ainda, o que essa vitória aponta. “Os objetivos dessa campanha podem ser sim alcançados, nós podemos sim combater o racismo, podemos sim engrossar a fileira da luta antirracista de onde nós estamos, na família, no trabalho, na sociedade, nós podemos sim contribuir para o enfrentamento ao racismo, para o respeito aos grupos étnicos (…). É o reconhecimento étnico e a humanização de grupos étnicos raciais, que têm sofrido o peso do preconceito em ação, que é a discriminação, e a forma sistêmica e estrutural do racismo, que tende a colocar esses grupos na indigência humana. Nós estamos no caminho certo; o racismo é um fenômeno planetário e deve ser enfrentado com muitas mãos. Com um trabalho de fruto coletivo é que nós poderemos construir uma sociedade verdadeiramente democrática em termos raciais”, finaliza a docente.
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