Divulgação da ciência, inclusão, diversidade e tolerância foram destaques da 27ª SU

16 de novembro de 2022 - 12:24

A defesa da democracia e da ciência foi pauta da XXVII Semana Universitária (SU) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), realizada nas unidades de Fortaleza (Itaperi), Iguatu (Fecli) e Quixadá (Feclesc) e online. Realizada em formato híbrido, com o tema “Universidade como espaço de defesa da ciência, da democracia e das liberdades individuais e coletivas”, o evento contou com extensa programação, composta de palestras, mesas-redondas, minicursos, exposições, painéis, rodas de conversa e Feira das Profissões. Os principais eventos contaram com intérpretes de Libras e audiodescritores.

Entre as ações da universidade amplamente debatidas durante a Semana Universitária, estão a assistência estudantil, diversidade e tolerância no ambiente acadêmico, inclusão, inovação, ensino à distância, propriedade intelectual, monitoria, internacionalização e programas de extensão. A cerimônia de encerramento da SU ocorreu na última sexta-feira (11/11), no auditório Paulo Petrola.

Mesas-redondas

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) promoveu, durante a programação da SU, a realização de quatro mesas-redondas, que debateram o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o Programa de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa de Residência Pedagógica (PRP) da UECE.

As ações do PPI de Política de Inclusão, Política de Inovação e Política e Educação à Distância foram apresentadas no dia 10 de novembro, em mesa redonda que contou com participação dos professores Marisa Aderaldo, coordenadora do Núcleo de Apoio à Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência (NAAI); Jerffeson Teixeira, assessor de inovação tecnológica e social da UECE e coordenador do Mestrado em Ciência da Computação; Fábio Castelo, coordenador da Secretaria de Apoio às Tecnologias Educacionais (SATE) e Eloisa Vidal, coordenadora adjunta da SATE. A mediação ficou a cargo do professor Klístenes Braga (NAAI).

A professora Marisa Aderaldo lembrou da construção do NAAI dentro da universidade, que procurou estimular o acolhimento à comunidade de pessoas com deficiência – alunos, servidores e docentes. Uma das ações do NAAI apresentadas foi o projeto de extensão Lerei pra Você, de acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência visual. Marisa Aderaldo destacou ainda que o núcleo conta com audiodescritores, intérpretes de Libras, auxiliares técnicos-administrativos e bolsistas.

Já o professor Jefferson Teixeira destacou que o PPI é um documento de planejamento, onde a UECE se enxerga para o futuro, sendo resultado do esforço coletivo da equipe da da pró-reitoria de Graduação (Prograd). O docente enfatizou ainda ações em desenvolvimento em prol da política de inovação e empreendedorismo da UECE. Segundo ele, entre as metas deste segmento, estão a criação de uma Agência de Criação, que será assessorada por uma Câmera de Inovação. A essa agência, devem estar vinculados a IncubaUece, o Núcleo de Inovação Tecnológica da UECE (NIT/UECE), ambos já existentes na universidade; além de órgãos ainda em processo de implantação, como o Parque Tecnológico (TecParque), o Núcleo de Empreendedorismo e o Núcleo de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (NPDI).

Os professores Eloisa Vidal e Fábio Castelo apresentaram a atuação da Secretaria de Apoio às Tecnologias Educacionais. A professora apresentou pontos de um documento sobre aspectos relacionados à institucionalização da educação a distância. O documento destaca três compromissos: pluralidade, compromisso e qualidade.

Para Eloisa Vidal, a educação a distância pode ser considerada uma política de inclusão – por chegar a lugares não atendidos pelo ensino presencial – e inovação – por lidar com tecnologias sociais, produzidas através da geração de conhecimento novo agregado a outras tecnologias disponíveis

Assistência estudantil e internacionalização

Em 9 de novembro, a SU discutiu a Política de Assistência Estudantil, política de pós-graduação e política de internacionalização da universidade, com mediação da professora Paula Soares e participação da pró-reitora de Políticas Estudantis (Prae), Mônica Cavaignac, e da coordenadora do Escritório de Cooperação Internacional (ECInt), Kadma Marques Rodrigues.

Segundo a professora Mônica Cavaignac, neste ano teve início a construção coletiva do Projeto Pedagógico Institucional (PPI). Entre as metas do projeto, está a discussão sobre assistência estudantil, cuja implantação está sendo debatida no Conselho Universitário (Consu). Mônica informou que, entre as ações, foram realizadas oficinas com outras instituições que já adotaram a política de assistência estudantil, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), reuniões com estudantes, professores e servidores, além de um seminário e um fórum sobre o assunto.

Entre os princípios da política assistencial a ser implementada, destacou a professora Mônica, está a defesa dos direitos humanos, diversidade e equidade de direitos entre os estudantes nos processos de seleção para concessão de bolsas e benefícios de assistência estudantil. Já as diretrizes da política buscam o pleno acesso à educação superior pública, gratuita, laica e de qualidade.

Mônica Cavaignac lembrou que a UECE aderiu à política de cotas em 2018, com 50% das vagas destinadas a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, egressos do ensino médio público e renda per capta de uma salário mínimo e meio; além das cotas raciais e as cotas para pessoas com deficiência, que passará de 3% – como prevê a legislação estadual – para 5%. “Estamos democratizando o ingresso na universidade pública, não apenas pelo sistema de cotas, mas também pelo processo de interiorização”, lembrou a pró-reitora. Para além da ampliação do ingresso no ensino superior, ela lembrou que a Universidade deve garantir a permanência dos estudantes, evitando a evasão.

Já a professora Kadma Marques ressaltou as políticas de internacionalização da UECE, mencionando o esforço da universidade em promover uma formação de professores com qualidade, sobretudo no interior do Estado. “Nos últimos anos, foi registrado crescimento significativo no âmbito da pesquisa, que vem se afirmando por meio do esforço de promoção da internacionalização”, destacou. Para ela, pautas como a pandemia da Covid-19, as eleições de 2022 e os problemas do meio ambiente trazem questões que devem ser respondidas por pesquisadores que se formam em instituições de perfil internacional. “A UECE não deve passar ao largo desse movimento que chancela a qualidade de instituições de ensino superior a partir do seu perfil de internacionalização”.

Kadma Marques lembrou que a UECE tem uma política de internacionalização desde 2018, por meio de resolução aprovada pelo Conselho Universitário. Entre seus objetivos, está promover o aumento da qualidade das atividades de educação superior por meio da cooperação com parceiros estrangeiros. “Temos feito isso pela busca de apoio às atividades de pesquisadores, em trabalho conjunto com pesquisadores internacionais. Outro objetivo é criar um espaço de interculturalidade, por meio da troca entre pessoas de diferentes países e culturas”, enfatizou Kadma Marques.

PIBID e PRP

As histórias e perspectivas do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) e do Programa de Residência Pedagógica (PRP) foram apresentadas em mesa-redonda realizada em 9 de novembro, que teve participação da pró-reitora de Pró-Reitora de Graduação, Maria José Camelo Marcial (Mazza Maciel). Ela destacou a importância dos programas para ampliar as experiências de formação de professores e mencionou as restrições impostas aos programas nos últimos anos.

Fernanda Vilas Boas, diretora da Diretoria de Educação Básica/Capes, falou sobre a melhoria da qualidade da educação básica, que envolve aumento de investimentos, resgate da cultura do valor da profissão do professor, melhoria salarial e formação de professores. Fernanda conceituou também o PIBID e PRP dentro do escopo de formação da Capes.

Já Cristiane Hauschild, presidente do Fórum Nacional de Coordenadores Institucionais dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação à Docência e de Residência Pedagógica (Forpibid-RP), classificou o fórum como um movimento em defesa da formação de professores e professoras do Brasil, que congrega em sua essência coordenadores institucionais dos programas PIBID e PRP. Ela citou que entre as metas do fórum estão a ampliação das cotas de bolsas para os licenciandos e o debate de projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que institui os programas PIBID e PRP como política de estado.

A mesa teve mediação da professora Jaqueline Rabelo (FACED/UECE) e participação da professora Raquel Azevedo.

Política de Extensão e Política Socioambiental

No dia 8 de novembro, a Política de Extensão e a Política Socioambiental, também no âmbito do PPI, foram tema da mesa-redonda de abertura do XII Encontro de Extensão, com a pró-reitora de Extensão (Proex), Maria Anezilany do Nascimento, e do professor Alexandre Araújo Costa (Física/CCT). O debate teve como mediadora a professora  Patrícia Limaverde Nascimento (Ciências Biológicas/CCS).

Segundo a professora Maria Anezilany, a política de extensão viabiliza uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade, por meio da reciprocidade, de forma horizontal e dialógica. Segundo ela, a extensão só veio completar o tripé do ensino superior – ensino, pesquisa e extensão – mais tardiamente, quando se indagou de que forma a universidade estava se articulando às demandas sociais e como as necessidades comunitárias estavam dialogando com o fazer acadêmico.”Foi no contexto de redemocratização, de abertura para um debate político em diversas esferas, que se passou a exigir da universidade um compromisso social de maneira mais contundente”, contextualiza. A pró-reitora falou ainda sobre a trajetória da política de extensão no Brasil, desde os anos 1930.

Para ela, a extensão veio para demarcar a virada do ensino superior na perspectiva do compromisso social do enfrentamento das desigualdades, do combate à pobreza e das disparidades regionais. Como desafios, a pró-reitora elencou formas de financiamento para a extensão universitária, ampliação dos programas de bolsa de extensão para estudantes, ampliação da participação de servidores técnico-administrativos e da comunidade externa nas ações extensionistas, entre outros.

O professor Alexandre Costa falou sobre o contexto de crise climática e ecológica sem precedentes que é vivenciado atualmente e criticou que, diante do quadro, o contexto acadêmico esteja funcionando num modo de “normalidade”. Segundo ele, as universidades precisam estar preparadas para mudar suas práticas, reduzindo suas próprias emissões de gás de efeito estufa. Como meta crucial, o professor sugeriu investimentos do Governo do Estado em solarização, para zerar as contas de luz, não só na UECE, mas em outras instituições públicas.

Mostra artístico-cultural

Com o tema “Extensão, cultura e arte: quem inventa o futuro?”, a mesa de abertura da III Mostra Artístico-Cultural, mediada pelo professor Pablo Manyé (CCS/Proex), teve como integrantes o professor Durval Muniz de Albuquerque (UEPB) e o secretário Fabiano dos Santos Piúba, titular da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE). O debate ocorreu em 10 de novembro.

Questionados pelo mediador da mesa, o professor Durval Muniz e o secretário Fabiano Piúba falaram sobre o papel dos artistas nordestinos na construção nacional e descontinuidade de políticas públicas para a cultura.

Para Durval, os intelectuais nordestinos fizeram e ainda fazem muito pela cultura do País, mas ressaltou que muitos tiveram de se deslocar para o centro do Brasil, até mesmo para se tornarem intelectuais e artistas nacionais. “Artistas, produtores culturais ou intelectuais que ficavam na região enfrentavam condições trabalho muito precárias, a maioria deles tinha que sobreviver à custa do mecenato do poder local, gerando entraves para a produção cultural e artistica”.

Para o secretário Fabiano Piúba, o Nordeste nunca se posicionou tanto politicamente no Brasil como se vê hoje, em termos de gestão de governadores que têm um pensamento de defesa da região e das políticas públicas que foram descontinuadas. “Essa descontinuidade de políticas públicas, iniciada com o golpe sofrido pela Dilma (Roussef) e depois com o governo de Bolsonaro, fez com que o Nordeste fosse uma luz acesa no Brasil, não só em aspectos eleitorais, mas no enfrentamento de uma visão e de uma noção de país que vai além do Sudeste e do Sul, para uma ideia de futuro”. Piúba defendeu ainda que, além da ciência, educação e economia, a arte e a cultura têm papel fundamental na “refundação do País”.

Experiências de monitoria e PET

As experiências exitosas de programas de monitoria acadêmica e PET (PET-MEC e PET-Saúde) da UECE foram compartilhadas na Semana Universitária, em roda de conversa no dia 8 de novembro, promovida pelo XXVI Encontro de Monitoria Acadêmica-PROMAC, o XXIV Encontro do PET-MEC e IV Encontro do PET-UECE, com participação de docentes orientadores, tutores e bolsistas. O encontro foi mediado pela professora Raquel Azevedo. A professora Ana Carolina Pereira, do curso de Licenciatura em Matemática (CCT-UECE), e Verusca Batista, também do curso de Matemática da UECE, relataram as contribuições da monitoria para a vivência profissional.

A professora Ana Carolina classificou a monitoria como o “início do caminhar docente”. Segundo ela, além de contribuir com o professor em sala de aula, o monitor é um campo fértil de pesquisa. Entre as atividades importantes destacadas por ela, os monitores da Matemática têm participado de eventos na UECE e outras universidades, publicado trabalhos em revistas regionais e nacionais e participado de grupos de estudo e pesquisa.

Já Verusca Batista relatou sua experiência como bolsista de monitoria da disciplina de História da Matemática. Agora professora da UECE, ela também foi bolsista do PIBID, antes de ingressar como bolsista de monitoria e, posteriormente, de iniciação científica, sob orientação da professora Ana Carolina. “Considero que juntos esses dois programas me ofereceram bastante experiência para adquirir maturidade para o tornar-se professora e pesquisadora. Desde sempre tive a formação de professores como principal tema da minha formação, e tive o desejo de voltar para a sala de aula como professora. A monitoria surgiu como possibilidade de começar a conhecer desde cedo as ações relacionadas ao professor universitário”, lembra.

O aluno Vytor Lavor, de 23 anos, do curso de Medicina, contou que tem experiências em monitoria desde o ensino médio. Na graduação, ele já passou por monitorias de diversas disciplinas. “Desde o início da faculdade, a gente aprende que um médico sempre será professor, independente de estar ou não dando aulas em alguma instituição. Porque sempre ele terá contato com médicos em formação, nos hospitais sempre vai encontrar estudantes em formação e ensinar conceitos para aqueles estudantes”, ressaltou.

Também participaram da roda de conversa o professor Francisco Furtado Tavares, do Curso de Química da Faced/Itapipoca; a estudante Vanessa Souza, do curso de Ciências Sociais, bolsista do PET; e o professor Moacir Cymrot, do curso de Medicina (CCS-UECE).

Diversidade e tolerância

Temas como diversidade e tolerância também entraram na pauta da Semana Universitária, com mesa-redonda promovida pelo XI Encontro de Bolsistas do Programa de Bolsas de Estudos e Permanência Universitária (PBEPU), em 8 de novembro. Participaram do momento o professor Altemar Muniz, chefe de gabinete da reitoria e docente do curso de História da Uece, o psicólogo Luis Fernando de Souza Benício e a professora Raquel Coelho de Freitas, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A pró-reitora de Políticas Estudantis (Prae), professora Mônica Cavaignac, iniciou o encontro, destacando que o tema do evento foi pensado considerando o contexto em que está inserida a universidade, que vem passando por um processo de democratização do acesso ao ensino superior público, com o ingresso de estudantes das mais diversas classes sociais, etnias e orientações de gênero.

“A diversidade cultural e étnico-racial tem crescido com o processo de democratização, principalmente por meio das políticas afirmativas, em especial da política de cotas. É o que torna nosso ambiente acadêmico cada vez mais diverso, o que requer um nível de tolerância muito maior entre nós e que se possa conviver de forma pacífica com as diferenças e potenciais das pessoas que adentram à universidade”, enfatizou a pró-reitora.

A professora Raquel Coelho de Freitas criticou o conceito de tolerância, pois, na avaliação dela, significa trabalhar com contrários muito adversos e não buscar a compreensão desses contraditórios e o diálogo. “Quando digo ‘eu tolero o outro’, significa que o outro é tão contrário aos meus princípios, que para eu conviver com ele eu preciso tolerar. É um princípio muito radical, que se fortaleceu nos momentos de organização de uma sociedade muito individualista e liberal”, defendeu.

Já o professor e psicólogo Luiz Fernando Benício refletiu sobre como a universidade pode produzir cuidado e acolhimento, numa perspectiva de reparação de intolerâncias, violências e subalternizações que afetam determinados corpos. O professor mencionou o processo histórico de luta e conquista das cotas raciais, compreendendo o desafio de considerar a dimensão racial e colonial no sofrimento dos que têm sido incluídos na universidade. “O racismo estrutural, que vai se expressar nos âmbitos socioeconômicos, político-culturais, na produção das subjetividades, tem sido um dos principais fatores de adoecimento psíquico das populações negras no Brasil”, enfatizou. Para ele, a universidade, como “pulsar da sociedade”, precisa cuidar desses corpos e “corpas”.

O chefe de Gabinete da Reitoria, professor Altemar Muniz, discorreu sobre fascismo e intolerância religiosa, citando a figura do Bolsonarismo como incentivo ao “ódio como forma de mobilização”. A ideia de combate ao comunismo é um dos pontos de tensão, segundo o professor, que, mesmo derrotada eleitoralmente com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições, ainda está presente no cotidiano. “É um movimento baseado no caráter mobilizador do ódio e da raiva. Não há bases racionais e filosóficas por trás, que não sejam alimentadas por fake news”. O professor destacou ainda que não é possível combater o ódio com mais ódio na luta política. “Não podemos usar os mesmos instrumentos e armas que a direita faz. Não é fácil, mas é a forma que temos de não nos contaminarmos e irmos para o lado escuro do debate e da convivência. Acredito que isso vai passar, como passaram outras experiências fascistas do passado”, avaliou.

Encontros

Entre os inúmeros encontros realizados durante o evento, a Semana Universitária contou ainda na programação com o II Encontro de Residência em Saúde, com presença do professor Paulo Ricardo de Oliveira Bersano, coordenador do curso de Residência em Medicina Veterinária; da professora Dafne Paiva, coordenadora do curso de residência em Enfermagem Obstétrica, e mediação da professora Saiwori dos Anjos (Enfermagem/UECE). Na ocasião, os residentes Marina Sousa (Enfermagem Obstétrica), Andrews Saraiva (Medicina Veterinária) e Deborah Jardilino (Enfermagem Obstétrica) compartilharam suas experiências de aliar teoria à prática nas residências em saúde.

Foi realizado ainda painel da Prograd, dentro do V Encontro em Práticas Docentes e do VII Encontro de Estágio Supervisionado, com o tema “A Arte e suas diversas linguagens, mediando práticas pedagógicas na Universidade” e participação dos professores Epitácio Macário (Serviço Social/UECE), Tânia França e da pró-reitora de Pró-Reitora de Graduação, Maria José Camelo Marcial (Mazza Maciel). Nos encontros, foram socializadas experiências de estágio supervisionado, concebido como espaço de realização da atividade profissional, e experiências vivenciadas nos espaços de atuação profissional dos professores, compreendendo a prática docente como atividade pedagógica.

Divulgação da ciência

Foram mais de 2 mil trabalhos apresentados, com resultados de pesquisas científicas, além de 218 minicursos e oficinas sobre os mais diversos assuntos, o que inclui temas relacionados à produção e divulgação da ciência.

O Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual do Ceará promoveu, no dia 8 de novembro, workshop com a palestra “Portal de Periódicos da UECE: a importância da produção e divulgação da ciência”, ministrada pelo professor Lucas Matheus Silva Teixeira. Ele apresentou o Portal de Periódicos da UECE (PPU), orientou sobre como publicar em revistas na universidade e destacou a importância da ciência como produtora de conhecimento da natureza. “Por mais que seja relevante uma ideia, só vai ser reconhecida ou devidamente comprovada se estiver publicada em um meio de fácil acesso, aí vem a publicação científica, como livros, artigos”, explicou.

Feira das Profissões

A IX Feira das Profissões foi realizada nos dias 9 e 10 dê novembro, pelas Pró- Reitorias de Políticas Estudantis (PRAE) e de Graduação (PROGRAD), em parceria com as coordenações de cursos e com os estudantes de graduação.

A Feira foi voltada, principalmente, a estudantes do ensino médio e de cursos pré-vestibular, sobretudo, da rede pública de educação do Ceará, que pretendem ingressar na universidade.

Nos dois dias de Feira, foram recebidos cerca de 1.600 estudantes, de 35 escolas, de diversos municípios do Ceará, como Fortaleza, Ocara, Caucaia, Boa Viagem, Chorozinho, Horizonte, Beberibe, Maranguape e Caridade.

Durante o evento, docentes e discentes da UECE apresentaram os diversos cursos de graduação ofertados pela Universidade (bacharelados e licenciaturas) em estandes organizados especialmente para este fim, sendo um para cada curso. Nos estandes, os expositores abordaram temas como projeto pedagógico dos cursos; atividades de ensino, pesquisa, extensão desenvolvidas; perfil profissional dos concludentes e possibilidades de atuação no mercado de trabalho.

Durante a Feira, foi realizada uma programação artístico-cultural, com a participação especial de estudantes do projeto de extensão Nudal, do Curso de Educação Física, com apresentações e aulões de dança; e de professores e estudantes do Curso de Música, com apresentações musicais, que garantiram muita animação ao evento, o qual traz uma mostra não apenas dos nossos cursos de graduação e de sua produção acadêmica, mas também dos talentos da Universidade.

Serviços de Saúde

O Espaço da Saúde foi uma nova atividade na SU, organizada por professores e alunos da disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva, em parceria com a Liga Acadêmica de Enfermagem em Infectologia e a Pro-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da Uece; com colaboração dos grupo de pesquisa Clínica e Epidemiologia das Doenças Infecciosas e Parasitárias (CEDIP) e em Epidemiologia, Cuidados em Cronicidades e Enfermagem (Grupecce). Com o novo Espaço da Saúde e também com a participação do Hemoce, que esteve na Uece a partir da parceria com o Centro Acadêmico Ana Néri (CAAN) de Enfermagem, com a Coordenação do curso de Enfermagem e com o CAVeta, a Semana Universitária contabilizou:

107 bolsas de sangue doadas, o que significa que 400 vidas podem ser salvas;
1.084 testes de HIV, sífilis e hepatites B e C realizados; e
98 doses de vacinas administradas.

Museu de História Natural do Ceará Prof. Dias da Rocha (MHNCE)

Outra participação importante da SU 2022 foi a do Museu de História Natural do Ceará Prof. Dias da Rocha (MHNCE), vinculado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS/UECE). O Museu, que fica situado na cidade de Pacoti, apresentou parte do seu acervo e as atividades desenvolvidas. Atualmente, o Museu possui cerca de 10 mil itens em suas coleções científicas entre as áreas da Zoologia, Botânica e Paleontologia. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer aves, mamíferos, insetos, répteis, anfíbios e plantas, além de poder conversar com curadores e voluntários que fazem parte do MHNCE e saber sobre toda a dinâmica de funcionamento e as pesquisas desenvolvidas em um museu de história natural.