LAIS e o Monitoramento da Qualidade do ar em Fortaleza – Efeito do Isolamento Social [Matéria do Jornal o Povo – CIENCIA&SAUDE]
7 de junho de 2020 - 12:04
A UECE e o IFCE monitoram em parceria a qualidade do ar na cidade de Fortaleza desde 2014:
Queda na poluição atmosférica chega a 50% durante o isolamento social.
– Em Fortaleza, um laboratório da Universidade Estadual do Ceará (Uece) está medindo as concentrações de ozônio (O3) nos arredores do campus do Itaperi. “Monitoramos a qualidade do ar da Capital, em parceria com o Instituto Federal do Ceará (IFCE), desde 2014. Com a pandemia, já tínhamos deixado as atividades na Universidade. Mas pensamos: ‘Como realmente estará a qualidade do ar? Sabemos que vai melhorar, mas de quanto será essa melhora?'”, explica Mona Lisa Moura, coordenadora do Laboratório de Conversão Energética e Emissões Atmosféricas (Laceema).
– O ozônio foi o indicador escolhido por se tratar de um gás secundário formado a partir de reações fotoquímicas entre outros poluentes como os óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado. “Diferente daquele da camada de ozônio na estratosfera, o ozônio troposférico é altamente prejudicial. Ele é oxidante, maléfico para a vegetação e para o sistema respiratório humano”, ensina Mona Lisa.
– Ela destaca ainda que as medições são cruzadas com dados meteorológicos, como precipitações, o índice de insolação, a presença e velocidade dos ventos, a fim de estimar a dispersão desse poluente. “Isso porque o ozônio tem uma vida útil considerável e pode percorrer até 800 km a partir do ponto em que foi gerado. O ozônio produzido na região do Itaperi pode abranger Fortaleza e chegar ao interior.” A pesquisa, realizada entre os Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade (Lais) da Uece e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, deve seguir durante todo o ano e aferir também os impactos da situação atmosférica na saúde humana. Ao mesmo tempo, os índices fornecem indicativos da aceitação e respeito ao distanciamento social. “É uma questão de utilidade pública. Uma documentação não só acadêmica, mas também para a população e para o poder público”, afirma Mona Lisa.
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