Monitorar a qualidade do ar é questão de saúde pública, ainda mais nesse período de pandemia

10 de abril de 2020 - 12:56

LAIS/UECE

A Universidade Estadual do Ceará (UECE), por meio do LAIS – Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade realiza sistematicamente monitoramento da qualidade do ar na entrada do Campus do Itaperi/UECE.

Um dos poluentes que se pode monitorar é a concentração de ozônio presente no ar.

O ozônio é um gás poluente que, na troposfera, se comporta de maneira diferente do que quando localizado na estratosfera (acima de 40 km da superfície), onde forma a camada de ozônio, que protege a Terra da radiação ultravioleta.

A presença de ozônio troposférico (região onde vivemos) em contato com pessoas e animais diminui os mecanismos de defesa do sistema respiratório, e pode causar inflamações nos pulmões.

Os pesquisadores do LAIS/UECE  Profa. Mona Lisa Moura, Prof. Sales Ávila e Prof. Daniel Serra, juntamente com o IFCE (Prof. Rinaldo Araújo), vem estudando a poluição do ar em Fortaleza, e sua região metropolitana, desde 2013. Além disso, essa pesquisa faz parte de uma das atividades do convênio da UECE com a Universidade de Lisboa (Faculdade de Ciências).

No caso do ozônio, a UECE possui uma série histórica desde 2015, e com o isolamento social começamos a monitorar a qualidade do ar. É fato que notamos melhoramento da qualidade do ar em Fortaleza com o abaixamento das atividades sociais/industriais e comerciais, mas quanto?

Em um único dia foi observado uma redução na concentração de ozônio de pelo menos 50%, em especial nos horários entre 6h da manhã e 13hs da tarde.

O LAIS estará monitorando a qualidade do ar durante esse período de isolamento social e, em julho/agosto, apresentará esses dados, comparados com outros cenários.