Uece recebe computadores acessíveis para bibliotecas da capital e do interior

7 de outubro de 2021 - 16:33

 

Com o objetivo de promover cada vez mais acessibilidade dentro da instituição, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) adquiriu 16 novos computadores, que foram adaptados para pessoas cegas e com baixa visão, com os aplicativos NVDA e DOSVOX.

Os computadores ficarão disponíveis nas unidades do Sistema de Bibliotecas (SisbUECE), na capital e no interior do Estado. As equipes do SisbUECE receberão as instruções para o uso adequado dos equipamentos.

Para torná-los acessíveis, o Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (Detic/Uece) instalou o NVDA e o DOSVOX, tornando possível a total autonomia na leitura para esse público.

O NVDA é uma plataforma para a leitura de tela, um programa em código aberto que vai “ler” o Windows para facilitar a inclusão digital de pessoas cegas. NVDA é um acrônimo para NonVisual Desktop Access, que, traduzido para o português, significa desktop de acesso não visual.

O DOSVOX é um sistema que realiza a comunicação por meio de síntese de voz em Português ou em outros idiomas. Ele é capaz de estabelecer um diálogo amigável, por meio de programas específicos e interfaces adaptativas.

Para o reitor Hidelbrando Soares, “a promoção, a ampliação e o fortalecimento da acessibilidade na Uece é um forte compromisso da gestão. A aquisição de computadores acessíveis para as bibliotecas representa uma dessas ações, que fazem parte de uma política mais ampla, em construção na Uece. O caso dos computadores acessíveis é emblemático, pois se trata da possibilidade de acesso a sistemas já utilizados na instituição, como o Windows, para pessoas que não o acessariam tão facilmente. É, realmente, o melhor sentido da inclusão pelo qual trabalhamos”.

De acordo com a bibliotecária da Uece, Lúcia Oliveira, “as tecnologias assistivas se fazem necessárias para o aprendizado das pessoas com deficiência (PcD) porque é de fundamental importância tê-las nas instituições educacionais, sejam elas escolas do ensino fundamental, sejam do ensino médio ou superior, pois proporcionam aos alunos melhor aprendizagem e desempenho, otimizando suas potencialidades e ampliando suas habilidades funcionais e, consequentemente, promovendo vida independente e inclusão social”.

Para a assessora de Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência da Uece, professora Marisa Aderaldo, a Biblioteca deve ser muito mais que um espaço para guardar e consultar livros e outros materiais. “Podemos pensar que a biblioteca possa servir como a representação da sociedade, metaforizando a era de informação da atualidade, em que “universo e “biblioteca” se confundem como os grandes repositórios de informação da humanidade”. Com a aquisição e a adaptação dos novos computadores, a assessora considera, “damos sequência a um projeto de há muito acalentado: transformar nossas bibliotecas em um espaço para todos, sem barreiras de acesso”, finalizou a docente.