Uece recebe Comissão de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

3 de julho de 2019 - 14:51

 

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) recebeu na última quinta-feira (27/06), no Campus Itaperi, a visita dos integrantes da Comissão de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, do Conselho Federal de Enfermagem (CPICS/COFEN).

A comitiva foi recebida no Ambulatório de Práticas Integrativas e Complementares, pela professora do curso de Medicina da Uece, Daniele Vasconcelos Fernandes Vieira, que é enfermeira e integrante do CPICS.

A visita teve como objetivo conhecer as práticas integrativas e complementares para o cuidado em saúde desenvolvidas na Uece, envolvendo ensino, pesquisa e extensão, bem como as experiências dos acadêmicos, bolsistas e voluntários, professores e profissionais colaboradores que participam do projeto de extensão “Redes” – Redes de Estudos para o Desenvolvimento Educacional na Saúde: diálogos, saberes e práticas aplicadas ao ser integral -, existente desde 2017.

De acordo com Daniele Vasconcelos, a Comissão tem “a missão de agregar os profissionais de Enfermagem, que atuam com as práticas integrativas e complementares no Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e no âmbito privado, assim como no ensino, na pesquisa, na extensão, na assistência, no empreendedorismo, e nos cargos de gestão, promovendo um diálogo intersetorial e interprofissional, tendo em vista que estamos buscando integração com as diversas profissões da saúde e trabalhando em parceria com o sistema COFEN”.

Na Uece, essas atividades de Práticas Integrativas e Complementares (PIC) visitadas pelo COFEN acontecem por meio do projeto Redes, com apoio das pró-reitorias de Extensão (Proex) e de Políticas Estudantis (Prae). As atividades contam também com a parceria da Faculdade de Veterinária (Favet) e do curso Especialização em Personal Trainer.

Aberto ao público, o projeto Redes oferece atividades de grupo como o projeto “1 Hora de Meditação”. Há também atividades individuais realizadas por meio de atendimentos com ventosaterapia e massagem integrativa. A partir do mês de julho os atendimentos serão ainda com práticas de auriculoterapia e aromaterapia para estudantes, professores e servidores.

Outra atividade oferecida são cursos de qualificação de 40h/aula e de 80 horas/aula, com o intuito de qualificar estudantes e profissionais da saúde quanto à implementação e desenvolvimento de ações de cuidado com as PIC.

Para a egressa da Uece, do curso de Educação Física, e colaboradora do projeto Redes, Jeania Lima de Oliveira, as PIC têm contribuído muito no seu dia-a-dia. “As terapias têm me ajudado muito a focar mais, a começar e terminar as minhas atividades, algo que tinha muita dificuldade”, conta Jeania.

“Você pode alcançar resultados por caminhos menos danosos”, completa o aluno do curso de Enfermagem, Emerson José Morais. A também estudante de Enfermagem, Sayonara da Silva Barros, revela: “mudou completamente minha visão quanto a minha profissão”.

A partir de uma série de depoimentos recebida pelo projeto Redes, a docente Daniele Vasconcelos defende a prática dentro das universidades. “É fundamental destacar que a universidade tem um importante papel de produção e difusão de saberes, tecnologias e práticas que têm como propósito a transformação social, pensando em formas de solucionar problemas que vivemos e que afeta as dinâmicas nos mais diferentes setores. Isso evidencia o quanto é necessário envolvê-la nesse trabalho no sentido de potencializar as pesquisas e fortalecer essa política pública de saúde, conhecida como Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC)”.

Ana Cristina de Sá, membro da CPICS/COFEN, destaca o que muitos ainda não compreendem. “Nós não trabalhamos com a cura, nós trabalhamos com a harmonização”. Jurema Cláudia Barbosa Ferreira, integrante da CPICS-COFEN, acrescentou: “Esperamos que todas as universidades façam o que vocês estão fazendo”.

Estiveram também presentes o coordenador da CPICS/COFEN, Marcelino da Silva Cavalcante; a integrante da Comissão, Ana Cecília Coelho Melo; a coordenadora da Célula de Atenção à Saúde do Estudante (CASE/Prae), Rocemilda Alves Ramos; além de alunos e ex-alunos da Uece participantes do projeto Redes/Uece.