Uece e Uniq promovem I Simpósio de Atenção Psicossocial
12 de novembro de 2019 - 11:41
Encerrado no último sábado, 9, o I Simpósio de Saúde Mental: Novos desafios nas Políticas de Saúde Mental, que ocorreu no Auditório Central, campus Itaperi. O evento foi aberto na noite do dia 8, no Auditório Central, com a palestra do reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Jackson Sampaio, debatendo o tema do encontro.
Neste ano de 2019, mudanças drásticas e de caráter determinante vem ocorrendo nas políticas públicas federais de saúde mental, por isso, faz-se necessária a reestruturação do que se conhece como atenção psicossocial. Este simpósio tem como objetivo compreender o contexto que levou o Brasil ao modelo de atenção psicossocial descentralizado e integralizante que teve caráter ascendente até o ano de 2016, e como esse modelo passou a declinar diante de movimentações políticas e desmembramentos sistemáticos causados por novas legislações de âmbito federal.
O eixo central do evento foi composto por três mesas redondas que trouxeram o seguinte eixo norteador: Desafios nas novas Políticas de Saúde Mental: Atuação e Corresponsabilidade Cidadã nas Decisões Públicas compostas por profissionais da rede, professores e pesquisadores da Saúde Mental, além do publico, composto por estudantes de diversas instituições, profissionais e comunidade. Temas como humanização da saúde, trabalho, reforma psiquiátrica e políticas sobre drogas no SUS fomentaram as discussões do encontro.
O I Simpósio de Atenção Psicossocial contou com a apresentação artística do Bloco de Carnaval Doido é Tu, conhecido por promover cultura e musicalidade nos serviços de Atenção Psicossocial.
Por fim, encerramos esse ciclo e concluímos que foi possível alcançar o objetivo do nosso simpósio: promover espaço democrático, crítico e de qualidade humana e intelectual para discussão de temas atuais sobre Saúde Mental no Sistema Único de Saúde. O encontro sem fins lucrativos foi uma parceria entre Uece e a Faculdade de Quixeramobim (UNIQ).
A ideia surge a partir da necessidade de tecer novas possibilidades em um campo que tem passado por inumeras, e muitas vezes, preocupantes mudanças. Transpassando a responsabilidade de todos os envolvidos na construção dos saberes e práticas inerentes as formas de cuidado, a práxis profissional e políticas públicas.
Para o coordenador geral do Simpósio, João Henrique Cordeiro, que atuou ainda como mestre de cerimônia, “diante destes temas, consistiu aos participantes do Simpósio a oportunidade de atualização e debate a respeito das novas políticas de saúde mental. Para tanto, é importante a compreensão sobre o quanto o fazer político influencia o modo de pensar e produzir formas de cuidado na atenção psicossocial brasileira”, ressaltou João Henrique.