UECE divulga dados positivos de desempenho de estudantes bolsistas do PBEPU

31 de janeiro de 2020 - 08:30 # #

Relatório elaborado pela Pró-reitoria de Políticas Estudantis (Prae) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) aponta desempenho positivo de estudantes financiados pelas bolsas Sociais do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) através do Programa de Bolsas de Estudos e Permanência Universitária (PBEPU).

As bolsas são distribuídas em programas geridos por quatro pró-reitorias da universidade (Pró-reitoria de Assuntos Estudantis – PRAE; Pró-reitoria de Extensão – PROEX; Pró-reitoria de Graduação – PROGRAD; e Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa – PROPGPq), sendo que os estudantes bolsistas desenvolvem na graduação atividades de monitoria, de tutoria acadêmica, de extensão, de iniciação artística, de iniciação cientifica e de permanência universitária que contribuem com a qualificação da formação discente. Em 2019, a UECE ofertou 1.233 bolsas, que somaram um investimento de R$5,65 milhões.

Para o professor e pró-reitor de políticas estudantis Emerson Mariano, “Os primeiros desafios foram superados. No entanto, temos outros desafios daqui pra frente, um desses é ampliar os investimentos financeiros feitos no programa de bolsas, pois com os atuais R$5,65 milhões atendemos cerca de 50% da demanda estudantil por bolsas dessa natureza na UECE. O ideal é que tivéssemos cerca de 2.500 bolsas disponíveis para suprir a necessidade dos estudantes que foram aprovados em chamada pública (CadFecop 2019 e 2020), que cumprem os requisitos determinados pelo FECOP, de ter renda familiar, per capta, de até meio salário mínimo e de encontrar-se em situação de vulnerabilidade social”

O relatório aponta que os alunos contemplados com a bolsa possuem bons rendimentos acadêmicos. Sendo que 90,4% dos 

estudantes bolsistas apresentam Índice de Qualificação Discente (IQD) acima de 0,5 (em escala que varia de 0 a 1,0), e 70% desses alunos possuem índice que varia de 0,8 a 1,0, isto é, estão nos valores máximos (conforme gráfico). Além disso, 79,1% não possuem ou possuem apenas uma reprovação em disciplinas; e 93,5% participaram de eventos científicos (locais, regionais, nacionais e internacionais).

Outro aspecto apontado é que todos os cursos da UECE nos campi da capital e do interior possuem bolsistas, sendo que é possível destacar os cursos de Ciências Biológicas, com 13,2% das bolsas, Pedagogia, 16,9%, Medicina Veterinária, 2,8% e Medicina com 2,4% (acesse aqui gráfico com distribuição de todos os cursos).

Desde 2015, a UECE já formou 895 alunos bolsistas FECOP. Dayana Gomes Migueis, egressa do curso de Serviço Social é uma dessas estudantes. “Como aluna vinda de outro estado, a bolsa foi de grande importância na minha formação. Durante os 3 anos em que fui bolsista pude perceber que a bolsa foi além do que a permanência na universidade, foi de aprendizado para a minha formação no curso de Serviço Social, onde pude vivenciar todo o processo que está por trás da assistência estudantil da Universidade”, aponta a egressa.

Já para a estudante do curso de Serviço Social, Natheelly Xavier Soares Martins, existem vários aspectos positivos em ser contemplada com o programa de bolsas, “a bolsa oferece a democratização do ensino, permitindo que estudantes de baixa renda com desejo de se graduar tenham a chance de frequentar a universidade através da disponibilização de recursos para auxiliar nas despesas educacionais. Estudantes bolsistas têm mais incentivo para a permanência na universidade, melhor rendimento acadêmico e motivação para continuar os estudos”.

 Encontro de bolsistas

Os resultados da avaliação do programa de bolsas na UECE mostram que se tem cumprindo os principais objetivos que é a permanência qualificada dos estudantes e a formação em nível de graduação na universidade, uma vez que se tem alto índice de bolsistas com IQD nos valores máximos, baixo índice de reprovações em disciplinas e satisfatório índice de estudantes com participação em eventos científicos. O professor e vice-reitor Hidelbrando Soares destaca a mudança de paradigma das bolsas de assistência estudantil, “Transformamos a antiga bolsa de trabalho, com um ano de vigência, pela bolsa de permanência estudantil que tem, em média, duração de 4 anos. Demos status acadêmico a essas bolsas, o que contribui efetivamente com a qualificação da formação do estudante. Os resultados apontados pela PRAE indicam o caminho correto que trilhamos nessa política. Nosso desafio agora é garantir que essas bolsas tenham vigência de 12 meses, a cada ano, e seu número possa ser ampliado para atender, aproximadamente, 16,5% de estudantes da graduação em situação de risco e vulnerabilidade social. A bolsa permanência é instrumento de inclusão social e de permanência qualificada de nossos estudantes.”