Uece contra o coronavírus II

26 de março de 2020 - 18:21 # # # # #

 

Com intuito de facilitar o entendimento da população acerca do novo coronavírus (COVID-19), a Assessoria de Comunicação, em parceria com o Grupo de Trabalho para enfrentamento à pandemia do coronavírus e com os internos do curso de Enfermagem do último semestre da Uece, prosseguem com a série “Uece contra o coronavírus”.

É necessário a compreensão que, ao se proteger, você evita que o problema avance e ainda protege todos ao seu redor, como familiares e amigos. Também é importante saber que em caso de contaminação com sintomas leves do COVID-19, ou até mesmo sem sintomas, você estará sujeito a transmiti-la a quem pode apresentar problemas graves, como os idosos, colocando um número maior de vidas em perigo.

E como você pode fazer sua parte?
FIQUE EM CASA

 

Tipos de Transmissão

Transmissão local – No Brasil, sabe-se que o coronavírus foi “importado” para o país, ou seja, uma pessoa foi contaminada no exterior e trouxe o vírus. Aqui, esta mesma pessoa foi responsável por transmitir o vírus para alguém do seu convívio. Nesse caso, é possível identificar o paciente responsável por trazer a infecção de fora e contaminar outra pessoa já no Brasil.
Observação: os casos que ocorrerem entre familiares próximos ou profissionais de saúde de forma limitada não serão considerados transmissão local. As áreas com transmissão local serão atualizadas e disponibilizadas no site do Ministério da Saúde, no link: saude.gov.br/listacorona.

Transmissão comunitária – É considerada mais alarmante. Nesse caso, a transmissão do vírus é feita ao mesmo tempo por várias fontes não identificadas e que não estiveram no exterior. Resulta no aumento drástico de casos de contágio e dificulta o combate, já que acontece de forma indiscriminada e de origem desconhecida.

Ao ficar em casa, mantenha o ambiente limpo e arejado.

Caso você não possa ficar em casa, alguns cuidados são fundamentais:

– Lave as mãos regularmente, com água e sabão;
– Na impossibilidade de lavar as mãos, utilize álcool-gel 70% e, logo possível, faça a higienização adequada com água e sabão
– Evite tocar os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
– Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor pratiquem uma boa etiqueta respiratória, isso significa cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir com um lenço de papel descartável ou com a parte interna do cotovelo (nunca as mãos);
– Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Limpe e desinfete objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares e maçanetas;
– Mantenha pelo menos 2 metros de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando;
– E, vale a pena repetir, lave as mãos regulamente, com água e sabão.

Máscara de Proteção Respiratória (N95)

Deve ser utilizada por profissionais de saúde em procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com infecção suspeita ou confirmada pela COVID-19.

A máscara deverá estar apropriadamente ajustada à face e nunca deve ser compartilhada entre profissionais. A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as recomendações do fabricante.

Importante: Para realização de outros procedimentos não geradores de aerossóis, avaliar a disponibilidade da N95 ou equivalente no serviço. Não havendo disponibilidade, é obrigatório o uso da máscara cirúrgica.

Estudos realizados no Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, concluíram que o novo Coronavírus humano (COVID – 19), pode sobreviver fora do organismo humano por horas ou até três dias em determinadas superfícies.
Como é possível observar na imagem acima, o vírus pode sobreviver até 3 dias em superfícies de materiais plásticos ou aço inox. Tais superfícies podem ser facilmente higienizadas com auxílio de um pano úmido com água e sabão ou detergente. Para desinfetar, use álcool-gel 70% ou água sanitária, lembre-se de lavar as próprias mãos após higienizar superfícies e objetos.
Se a limpeza for de locais frequentados por muitas pessoas, os produtos citados como detergentes, desinfetantes comuns, produtos com cloro, álcool ou até mesmo água e sabão são efetivos.

Sinais de alerta para um caso suspeito

É preciso considerar e diferenciar cada caso. Abaixo seguem definições importantes:

Casos suspeitos:

Situação 1 – febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;

Situação 2 – febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;

Situação 3 – febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Observação: Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nessas situações, cabe avaliação médica.

Contato próximo

Qualquer uma das seguintes situações:

1. Estar a dois metros de um paciente com suspeita de caso por COVID-19 dentro da mesma sala ou área de atendimento (ou aeronaves ou outros meios de transporte), por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual.

2. Cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver em uso do EPI recomendado.

Período de incubação

O período médio de incubação da infecção por coronavírus é de 5.2 dias, com intervalo que pode chegar até 12.5 dias.

Período de transmissibilidade

A transmissibilidade dos pacientes infectados é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do Novo Coronavírus (COVID-19) sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informação suficiente que defina quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

Suscetibilidade e imunidade

A suscetibilidade é geral, por ser um vírus novo. Quanto a imunidade, não se sabe se a infecção em humanos que não evoluíram para o óbito irá gerar imunidade contra novas infecções e se essa imunidade é duradoura por toda a vida. O que se sabe é que a projeção em relação aos números de casos está intimamente ligada a transmissibilidade e suscetibilidade.

Isolamento em casos suspeitos e confirmados

O isolamento dos casos suspeitos ou confirmados de infecção deve ser realizado, preferencialmente, em quarto privado com porta fechada e bem ventilado. Caso o serviço de saúde não disponha de quartos privativos em número suficiente deve-se proceder separando em um mesmo espaço os pacientes com suspeita ou confirmação para COVID-19 respeitada distância mínima de 1 metro entre os leitos e restringir ao máximo o número de acessos à área (inclusive de visitantes).

A área estabelecida como isolamento deverá ser devidamente sinalizada, inclusive quanto às medidas de precaução a serem adotadas: padrão, gotículas e contato ou aerossóis. Normas e rotinas de procedimento deverão ser elaboradas e disponibilizadas pelo serviço de saúde a todos os profissionais envolvidos na assistência ao casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19). A descontinuação das precauções e isolamento deverão ser determinadas caso a caso, e conjunto com as autoridades de saúde locais, estaduais e federais.