Uece ajuda a perpetuar a grandeza da natureza

15 de junho de 2015 - 16:38

Quatro mudas de baobás foram plantadas no Campus do Itaperi, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). As mudas foram doadas pelo engenheiro José Alfredo Firmeza de Sousa, presente à solenidade de plantio na manhã de segunda-feira, dia 15 de junho, da qual participou o reitor, professor Jackson Sampaio.

“O baobá é um bom símbolo de permanência da Uece, embora não seja nativa, mas vem também de uma região semiárida. Além disso, é uma árvore que exerce fascínio porque está presente no livro ´O pequeno príncipe´”, disse o reitor, referindo-se à obra do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943.

Na cerimônia de plantio, o doador narrou a trajetória daquelas mudas, que agora começam a crescer em solo ueceano. Seu tio, Nilo de Brito Firmeza, artista plástico cearense mais conhecido como Estrigas, falecido no ano passado, tinha um pé de baobá em seu sítio.

Um dia a frondosa árvore deu um fruto dentro da qual havia várias sementes. Ele começou, então a preparar mudas para serem doadas a instituições ou locais onde não correm risco de serem cortadas. Já foram doadas cerca de 35 mudas. O engenheiro dá continuidade ao trabalho do tio, qual seja, de “perpetuação da natureza, da grandeza da natureza”.

Alfredo diz que existem sete espécies de baobás, cinco são originárias da Ilha de Madagascar, uma do continente africano e a última, da Austrália. As mudas que estão plantadas no Campus do Itaperi são da maior ilha africana, situada no Oceano Índico.

Ele informou que até o primeiro ano as mudas precisam ser aguadas todos os dias. “Elas gostam de água”. Mas depois, à medida que as raízes crescem, elas mesmas vão buscar nas profundezas do solo seu sustento.

Ele estima que em 40 anos, o Campus do Itaperi terá em seu patrimônio histórico-cultural quatro baobás com 30 metros de altura, o equivalente a um prédio de 10 andares, e diâmetro de dois metros e meio, altura média de um teto de apartamento.