TCC vira cordel e será lançado na Bienal Internacional do Livro do Ceará

11 de abril de 2017 - 12:21

A aluna egressa do curso de Ciências Biológicas a distância da Uece, polo de Maranguape, Carolina Bonfim, lança, dentro da Programação oficial da Bienal Internacional do Livro do Ceará,alt no próximo dia 15 de abril, as 17h,  o cordel “Lamentos de uma Floresta: Em Busca da Mata Atlântica”.

A obra é produto do Trabalho de Conclusão de Curso de Carolina, sob orientação da professora Lydia Pantoja, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e expressa um grito em defesa da Mata Atlântica e do meio ambiente como um todo. A autora defende o uso da literatura de cordel em sala de aula como instrumento facilitador do ensino aprendizagem e revela sua esperança de viver em um mundo ecologicamente consistente.

O cordel será publicado pela Cordelaria Flor da Serra e conta com o aval de cordelistas como Stelio Torquato Lima e Paiva Neves.

A coordenadora do curso BIOEaD, Germana Costa Paixão, e a coordenadora do Polo UAB/Uece/Maranguape, Juliana Campos, convidam a todos para prestigiar o início da incursão de Carolina Bonfim pelo campo das letras dos cordéis.

Veja abaixo um pequeno trecho do cordel:

Instruí-me, Santo Pai,
Com sua excelsa grandeza,
Para que eu possa tratar,
Com precisão e firmeza,
Do que faz o bicho homem
Contra sua mãe natureza.

Atacando-a com crueza,
Faz o maior bafafá,
Destruindo aqui e ali
Maranguape ou Quixadá,
Pedra Branca, Limoeiro,
Nova Russas e Tauá.

Pior do que ele não há
Pro nosso Meio Ambiente:
Destrói tudo com prazer,
Sempre agindo friamente,
Deixando o planeta Terra
Muito ferido e doente.

Neste cordel, minha gente,
Eu venho aqui alertar
Através de casos tristes
Que iremos relatar,
Mostrando tudo que é feito
Co o fim do mundo acabar.

O que iremos demonstrar
É, com certeza, verdade:
Desde que surgiu o homem,
Vivendo em comunidade,
Buscou só tirar proveito,
Seja no campo ou cidade.

Vivendo em sociedade,
Do lucro passa a viver,
E a natureza sofrendo
Para o homem enriquecer,
Sendo tudo exterminado
Ante essa ânsia do ter.

Pensando em lucro obter,
Levou nosso pau-brasil,
Roubando nossa madeira
Em um ato muito hostil.
Foi o marco inicial
Do roubo nada sutil.

A este ato tão vil,
Mais crimes vêm-se somar,
Sempre agindo com desprezo,
Sem a ninguém respeitar.
Sua ação não tem limites
Quando ele pensa em lucrar.

Mata Atlântica a findar
Mostra que o devastador
Segue agindo sem visão,
Porque nunca deu valor
À riqueza da floresta,
Da qual é destruidor.