Ritual do toré é dançado no hall da Reitoria antes das aulas de Educação Ambiental
10 de julho de 2013 - 15:07
Dança do toré, antes da aula da disciplina Educação Ambiental, do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena
Já imaginou, você, aluno, dançar um baião ou uma ciranda, antes de entrar na sala de aula? É exatamente isso que está acontecendo desde segunda-feira, dia 8, no Campus do Itaperi.
Os alunos do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), dançam o toré no hall da Reitoria antes de entrarem no Auditório Paulo Petrola para assistirem as aulas da disciplina Educação Ambiental, que serão ministradas até sexta-feira, das 8h às 17h, do currículo do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena
Na verdade, o toré não um ritmo musical. E é mais que uma dança: “É um ritual de reafirmação e tem um caráter religioso e político. As letras são muito fortes e expressam sentimentos, emoções , como a luta pela terra, o cuidado com a natureza”, explica a coordenadora do Curso, professora Ana Maria Bezerra de Almeida.
Toré ou torém? Segundo a coordenadora, o Ceará tem 14 etnias, espalhadas em 16 municípios, e somente a dos Tremembés, de Almofala, chama de torém.
Conheça na lista abaixo as 14 etnias e onde estão localizadas.
POVO INDÍGENA |
MUNICÍPIO |
Tapeba |
Caucaia |
Anacé |
Caucaia e São Gonçalo do Amarante |
Pitaguary |
Maracanaú, Pacatuba |
Jenipapo-Kanindé |
Aquiraz |
Tremembé |
Itarema, Acaraú, Itapipoca |
Kanindé |
Aratuba, Canindé |
Potiguara |
Crateús, Monselhor Tabosa, Novo Oriente, Tamboril |
Kalabaça |
Crateús, Poranga |
Kariri |
Crateús |
Gavião |
Monsenhor Tabosa |
Tabajara |
Crateús, Monsenhor Tabosa, Poranga, Quiterianópolis, Tamboril |
Tubiba-Tapuaia |
Monsenhor Tabosa |
Jucá |
Parambu |
Tupinambá |
Crateús |
Saiba mais:
Formato diferenciado de disciplina para alunos do PROLIND
UECE e lideranças indígenas negociam reinício do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena