Projeto Smart Health ajuda gestores e profissionais no combate à COVID-19

10 de agosto de 2020 - 16:28

O Estado do Ceará foi um dos mais atingidos pela COVID-19. Até o presente momento, mais de 100.000 pessoas foram infectadas, e mais de 7.000 pessoas perderam suas vidas. Fortaleza foi a cidade mais impactada, mas neste momento passa por uma fase de estabilidade, enquanto a doença se alastra pelo interior, causando ainda muita preocupação em toda a população. Adicionalmente, profissionais de saúde, gestores hospitalares, secretários, prefeitos e governadores estão acompanhando atentamente a escalada dos números.

Para tentar combater a doença, algumas iniciativas têm sido desenvolvidas e apoiadas por órgãos governamentais como, a Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa(Funcap). Dentre elas, destaca-se o Smart Health, projeto coordenado pelo Prof. Dr.Paulo Henrique Mendes Maia, da Universidade Estadual do Ceará – UECE, e que contou com a parceria do Grupo de Engenharia de Software Adaptativo e Distribuído (GESAD) – da Secretaria de Saúde do Ceará (SESA) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Escola de Saúde Pública (ESP) do Ceará. Esse estudo visa o desenvolvimento de produtos inovadores que apoiem profissionais de saúde a lidar com a doença e gestores na tomada de decisão.

A primeira etapa do projeto foi desenvolvida em abril a junho do ano corrente e gerou dois produtos: um sistema web para gerenciamento dos ventiladores mecânicos, chamada de Central de Ventiladores, e um assistente de conversação, denominado SUSI, para apoiar profissionais de saúde no atendimento a pacientes com COVID-19.

Atualmente o projeto está em sua segunda etapa, que vai até outubro, e visa desenvolver um sistema de processamento e análise de dados clínicos de pacientes internados com o novo coronavírus em hospitais públicos.

Ao final, será disponibilizado um painel para gestores visualizarem os principaiindicadores sobre a doença, auxiliando-os no gerenciamento da situação e na tomada de decisão.  Além disso, a partir de algoritmos de aprendizagem de máquina sobre os dados coletados, será possível identificar novos padrões que possam melhorar o tratamento, prevenção e identificação da doença.

Segundo o professor Paulo Henrique, “esse projeto tem sido importante, pois une esforços para criar soluções tecnológicas inovadores que ajudem no combate à doença, sendo uma oportunidade de aprendizagem mútua e troca de experiências para integrantes do GESAD e os profissionais do NIT/ESP, cuja colaboração tem gerado excelentes frutos”. De acordo com Uirá Porã, diretor de inovação do NIT/ESP, “esse tipo de projeto é importantíssimo, pois agrega novas inteligências e mãos aos esforços coletivos que a ESP e a SESA já vêm empreendendo e também é muito importante para viabilizar e validar as metodologias de desenvolvimento e o trabalho colaborativo que a ESP vem empreendendo em torno da saúde, que buscam justamente se integrar aos diversos laboratórios e grupos de pesquisas de universidades e centros de pesquisa”.