Projeto de Preservação de Acervo da Uece é pré-selecionado para financiamento do BNDES
16 de janeiro de 2009 - 03:00 #acervo
Foi a primeira vez em três tentativas que a Biblioteca Central da Universidade Estadual do Ceará (UECE) conseguiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) selecionasse, para financiamento, o projeto Preservação do Acervo Djacir Menezes da UECE. Duas representantes do setor de Preservação de Segurança de Acervos e Melhoria das Condições de Atendimento e Acesso ao Público, do BNDES, as técnicas Fernanda Menezes e Isis Pagy, estiveram na tarde desta quinta-feira, 15, no Campus do Itaperi, para analisar e discutir alguns ajustes do projeto com o Vice-reitor da UECE, prof. Gomes Neto, reitor em exercício, com o pró-reitor de Planejamento Vladimir Spinelli e a diretora da Biblioteca Central da UECE, Ângela Pinho Barros.
O setor de Preservação do BNDES recebeu 207 propostas semelhantes de todo o país e 25 foram selecionadas, entre as quais, a da UECE, que ficou na nona classificação da avaliação técnica daquele Banco. O projeto para preservação do acervo Djacir Menezes envolve recursos no valor de R$ 304.206,18, que podem estar defasados e serem ajustados de acordo com o valor do dólar, segundo as técnicas dos BNDES. Esses valores serão distribuídos entre a catalogação e documentação do arquivo, sendo R$ 197.281,18 destinados a equipamentos, R$ 21.740,00 para material, R$ 85.185,00 para serviços. De acordo com essa planilha de valores, o projeto contempla arquivos deslizantes para preservação do acervo, circuito fechado de TV, contratação de bibliotecário, restauração e higienização do acervo.
Segundo as técnicas do BNDES, após orientarem o ajuste e detalhamento do projeto, a diretora da Biblioteca, Ângela Pinho, deverá reenviar a proposta com as devidas modificações o mais rápido possível para que possam ser reapresentadas à direção do BNDES para aprovação. È importante lembrar que das 25 propostas selecionadas apenas 13 serão contempladas com essa linha de financiamento, que beneficia apenas museus e bibliotecas. Falando sobre o acervo Djacir Menezes, cujo número de volumes está em torno de 16 mil, Ângela informa que existem obras que ultrapassam dois séculos, “As Farpas de Ramalho Ortigão” (49 volumes – 1800), de Voltaire (70 volumes – edição de 1785) e outros. Acompanhadas da diretora de Ângela Pinho, as técnicas do BNDES visitaram as novas instalações da Biblioteca Central, no Campus do Itaperi, cujas obras ainda estão em fase de conclusão.