Professor Flávio Ataliba ministra aula inaugural do semestre letivo 2014.1

1 de abril de 2014 - 18:19

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Diretor-Geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará (IPECE), o professor Flávio Ataliba foi o palestrante da aula inaugural do semestre letivo 2014.1, proferida segunda-feira, dia 31 de março, no Auditório Central, no Campus do Itaperi, marcando o início da Semana da Integração, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O tema foi “O Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará e o Comportamento do Mercado de Trabalho – Evidências Recentes e Reflexões”.

O palestrante, que é professor do Curso de Pós-Graduação em Economia (CAEN) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do grupo de pesquisa em desenvolvimento econômico reunido no Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), mostrou que no triênio 2010 a 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará cresceu mais que a média nacional.

Apesar deste crescimento, a participação do PIB cearense sobre o nacional continua praticamente o mesmo desde 1939, sempre na casa dos dois porcento, com algumas variações. Não há aumento, segundo o professor Ataliba, por duas principais razões: parque produtivo é pouco diversificado, com desempenho dependente de poucas atividades econômicas (comércio, indústria de transformação e construção civil), e indústria concentrada em segmentos tradicionais e intensivos em mão-de-obra e com produtos de baixo valor agregado, o que faz com que tenha poder reduzido de competição numa economia globalizada e de concorrência acirrada.

Na seção sobre Renda, Pobreza, Extrema Pobreza e Desigualdade, o estudo do diretor do IPECE detectou um quadro grave: enquanto no Brasil 3,9% da população tem renda domiciliar abaixo de R$ 70, ou seja, cerca de R$ 1,50 por dia, no Ceará este índice sobe para 8,5%. Com relação ao percentual de pessoas com renda domicilar abaixo de R$ 140 mensais, no Ceará são 21,2%, mais do que o dobro da média nacional, que é de 10,4%.

Entre os indicadores que mostram Evolução do Mercado de Trabalho no Ceará, o palestrante informou que houve um acréscimo da participação de pessoas com mais de 13 anos de estudos de 7,4% em 2001 para 10,9% em 2012. Com relação à Evolução do Estoque de Empregos Formais por Escolaridade por Gênero, no comparativo entre 2002 e 2012, houve um significativo creescimento da participação feminina tanto entre as pessoas que possuem Mestrado (77,92) como Doutrado (53,70), enquanto houve queda junto à população masculina: -53,05 e -28,59, respectivamente.

O professor encerrou sua palestra afirmando que para a economia cearense crescer, é necessário maior poder de competição, o qual também está associado a uma maior diversificação das atividades produtivas e as áreas potencialmente estratégicas são: saúde, energias renováveis, química e petroquímica, petróleo e gás, tecnologia da informação e comunicação, siderurgia e pólo metalmecânico, zona de processamento das exportações, e turismo de negócios (Feiras Tecnológicas, Congressos Científicos, etc).

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