Primeira defesa de dissertação do Mestrado Intercampi em Educação e Ensino

4 de março de 2015 - 10:44

O Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação (MAIE), da Universidade Estadual do Ceará (UECE), terá sua primeira defesa de dissertação quinta-feira, dia 5, do mestrando Antônio Oziêlton de Brito Sousa, intitulada “Identidades (Des)Coloniais nas Práticas de Letramento do ProJovem Campo- Saberes da Terra.

A banca examinadora será composta pelas professoras Claudiana Nogueira de Alencar (MAIE/UECE), que é a orientadora, Sandra Maria Gadelha de Carvalho(MAIE/UECE), Ana Lúcia Silva Souza (UNILAB) e Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos (UECE). A defesa será às 14h, no Auditório do Propgpq/UECE, no Campus do Itaperi.

A dissertação é resultado de uma pesquisa sobre como ocorrem os processos de construção de identidades dos moradores do campo a partir das práticas linguísticas educacionais, considerando o letramento como uma interface entre linguagem e (des)colonialidade no Projovem Campo – Saberes da Terra, na turma situada na comunidade Jurema dos Vieras, no município de Ocara (CE).

Segundo Antonio Oziêlton, “de modo geral, questionamos como se dão os processos de construção de identidades dos moradores do campo a partir das práticas linguísticas educacionais. Para esse fim, delimitamos para análise um corpus constituído por trechos do Projeto Base do Projovem e uma ampliação etnográfica composta por observação participante, notas de campo e entrevistas realizadas com os sujeitos que participam do Programa”.

Para ele, a pesquisa “alia uma compreensão sobre Educação do Campo aos Letramentos Críticos e à Análise de Discurso Crítica (ADC). Proporcionamos, também, a possibilidade da ampliação dos estudos na área da Educação por meio da articulação entre educação do campo com as temáticas da identidade e da descolonialidade”.

E conclui afirmando que “Os processos de letramentos vivenciados nas práticas educacionais desenvolvidas no Projovem se materializaram tanto como representativas do modelo ideológico quanto do modelo autônomo, temos, assim, um espaço de disputas, onde os letramentos têm contribuído com os processos de opressão e libertação, colonialidade e descolonialidade. Portanto, embora o Projovem Campo seja um programa construído com base em diversas experiências dos povos do campo não chega a construir um processo emancipatório ou libertador semelhante ao que Freire postula, mas se constitui como uma iniciativa de mediação, na medida em que oferece as condições necessárias para que os sujeitos reflitam sobre a realidade em que estão inseridos”.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FAFIDAM