Pesquisa de professor da UECE sobre o sagrado e o silêncio é premiada duas vezes

14 de fevereiro de 2014 - 16:33

Desde o ano de 2000 que o professor Ewelter Rocha vem pesquisando os artistas populares de Juazeiro do Norte. Inicialmente para seu mestrado em Etnomusicologia, pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Universidade Federal da Bahia (UFBA) e retomado posteriormente junto ao programa de doutorado em Antropologia Social, pela Universidade de São Paulo (USP), quando foi intitulada “Vestígios do sagrado: uma etnografia sobre formas e silêncios”. Nas duas ocasiões a pesquisa recebeu bolsa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Um dos grandes diferenciais do trabalho de doutoramento do professor Ewelter foi a apresentação da tese também em formato de cordel, a qual ele chamou de “versão poética” de sua versão acadêmica, e que levou o título de “Bendito, altar e beata – um nó que ninguém desata”. A tese era composta ainda por um filme que tem como título “Mulheres de Imburana”.

Mas além de ter-lhe rendido títulos acadêmicos, as pesquisas do professor do Curso de Música da UECE arrebataram duas premiações muito importantes do meio artístico. A primeira foi o Prêmio Funarte de Música Brasileira, de 2013. O trabalho premiado é intitulado “A morte seja louvada: mapeamento, registro e reconstituição dos antigos cantos de sentinela do Sertão do Cariri”.

A segunda comenda foi o primeiro lugar no Prêmio Silvio Romero, também de 2013, concedido anualmente pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Instituído em 1959, é o concurso mais prestigiado do Brasil nesse segmento e contempla as melhores pesquisas do Brasil sobre cultura popular. O Prêmio Silvio Romero está para a cultura popular como o Prêmio Jabuti está para a literatura.

O trabalho do professor Ewelter foi inscrito com o título fictício de “Três silêncios e uma cruz”. “Concorremos com trabalhos de grande envergadura, em sua maioria teses de doutorado”, disse o agraciado, que é professor da UECE há quase 11 anos.

Clique aqui e conheça  a tese do professor Ewelter, arquivada na biblioteca de teses e dissertações da USP.