Palestrante de mesa-redonda mostra o caminho para ensino da sustentabilidade

22 de novembro de 2012 - 18:40

 

“Para onde caminha o ensino da sustentabilidade?” Esta foi a pergunta que a professora Janete Brunstein, da Universidade Mackenzie, de São Paulo, jogou à plateia, em sua palestra na mesa-redonda “Informação e tecnologia para a sustentabilidade: os desafios da universidade”, tema da XVII Semana Universitária da UECE, que encerra amanhã.

Realizada no Auditório Central do Campus do Itaperi, quarta-feira, às 19h, a mesa-redonda foi presidida pelo vice-reitor, professor Hildebrando Soares, e contou também como palestrantes  os prefessores Jacques Demajorovic, da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), de São Paulo, e de Gemelle Oliveira Santos, do Instituto Federal do Ceará (IFCe).

Para a professora da Mackenzie, avaliar o papel da educação é fundamental quando se analisa a questão da sustentabilidade – ou a falta dela. Na verdade, segundo Janete, longe de ser uma solução, a educação é um problema, pois “encoraja o individualismo,  estilos de vida e padrões de consumo insustentáveis, direta ou indiretamente”.

Assim, antes de mais nada, é necessário que a Educação em geral e as universidades em particular questionem os modelos mentais correntes e saibam responder aos tempos de crises. Em seguida, a professora listou 12  iniciativas e declarações de compromisso com a inclusão da sustentabilidade na educação desde 1972. Ato contínuo, mais de mil reitores e vice-chanceleres de universidades do mundo todo assinaram declarações e cartas de intenções.

Segundo a professora, algumas abordagens inovadoras no Ensino Superior foram a  de Kenan-Flagler Business School da Universidade da Carolina do Norte, que lançou, em 1999, um curso de administração com área de concentração em Empreendimentos Sustentáveis. Outra foi a do College of the Atlantic, em Bar Harbor, no estado do Maine, que criou um Bacharelado em Ecologia Humana e um curso interdisciplinar, cujo foco é resolução de problemas para realizar contribuições significativas à sociedade.

No Brasil, o Ministério da Educação, em seu novo modelo de avaliação, incluiu, como um dos quesitos a serem avaliados, a adoção a Lei no 9.795 que propõe a educação ambiental na Política Nacional de Educação, pelas instituições de ensino superior.  A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) instituiu este ano o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade – Tese e dissertação   em Sustentabilidade, e financia projetos em prol da inserção de sustentabilidade nos currículos, o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica em Administração, conhecido como Pró-Administração, do qual a UECE  faz parte, junto com outras seis instituições superior de ensino.

Mais informações sobre o Pró-Administração, no site www.educacaoadmsustentavel.org