Nota de Pesar pelo falecimento da professora Elzenir Colares
21 de junho de 2020 - 22:38
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) comunica e lamenta profundamente o falecimento da professora Elzenir Colares, ocorrido em Fortaleza, na madrugada do último sábado, dia 20 de junho. O seu sepultamento foi realizado na tarde deste domingo, 21 de junho, no Cemitério São João Batista.
Professora Elzenir Colares tinha 85 anos, era aposentada, lotada no Centro de Humanidades (CH), onde ministrou aulas nos cursos de Letras e Letras Espanhol.
O professor João Artur Rocha, do curso de Letras Espanhol, explica com muito entusiasmo que foi seu aluno e conta a trajetória da saudosa professora. Enfatiza ainda, ela teve grande importância para cultura do Estado do Ceará
“Elzenir Colares foi uma das primeiras professoras da Casa de Cultura Hispânica da Universidade Federal do Ceará. Agraciada com uma bolsa de estudos para aperfeiçoar seus conhecimentos de língua, literatura e cultura espanholas, viajou para a Espanha e ali, além das atividades discentes fez curso de danças espanholas na “Academia Milagros Acuña”, em Madri.
Ao regressar, fundou o Grupo Folclórico Hispano-Brasileiro que depois passou a se chamar Grupo de Tradições Cearenses. Contudo, continuou com as atividades de Professora de Espanhol, divulgando a língua de Cervantes e conquistando, cada vez mais, adeptos ao hispanismo.
Foi responsável, juntamente com outros professores pela reabertura do Curso de Espanhol na Universidade Estadual do Ceará e, pelas suas mãos, passaram mestres como: Ocenéia, Cleudene, Artur, Rosimir, Cícero e muitos outros.
Foi uma das fundadoras da Associação de Professores de Espanhol do Estado do Ceará (APEECE), onde sempre trabalhou para desenvolver o ensino de língua espanhola no nosso Estado.
A maior condecoração que recebeu foi a Medalha Boticário Ferreira. Também foi delegada do CIOFF (Comitê Organizador de Festivais Folclóricos) órgão ligado à UNESCO, com sede em Moscou.Trabalhou na antiga EMCETUR (Empresa Cearense de Turismo), como assessora para assuntos culturais.
Desfilou na ala das baianas da Escola de Samba Beija-Flor, onde conheceu o saudoso Joãozinho Trinta e, dessa amizade nasceu a oportunidade de juntos formar o Grupo de Tradições Cearenses e a Beija-Flor proporcionarem um “réveillon” inesquecível para o Rei do Marrocos.
Levou o Grupo de Tradições Cearenses para todo o Brasil, França, Espanha, Peru, Canadá e Marrocos.