Mestrado profissional em alta na Universidade Aberta do Brasil

23 de janeiro de 2014 - 12:42

Após o êxito na Matemática, a Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível  Superior (CAPES) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB), rede federal que sistematiza a oferta de cursos a distância e semipresenciais, oferecidos pelas universidades, expandem a oferta de Mestrados Profissionais (MP) para outras áreas. As formações, voltadas a professores de escolas públicas, chegaram às áreas de Física e Letras no ano passado e devem atender ao ensino de Artes e História já em 2014.

A UECE oferece MP em Matemática (ProfMat), desde 2011, e MP em Letras (ProfLetras), desde 2013, e se prepara para apresentar projeto para oferecer MP em Física. Com a aprovação da proposta em 2014, o novo curso será oferecido em 2015.

A principal diferença dos mestrados profissionais para os acadêmicos, a modalidade tradicional, é que esses cursos de pós-graduação se concentram mais na pesquisa aplicada e na relação práticas com o mercado de trabalho. Quando começaram a se consolidar no Brasil, no início da década passada, havia resistência acadêmica ao formato. Hoje, existem mais de 500 no País.

A opção pela modalidade semipresencial, viabilizada pela UAB, atendeu à demanda, grande e distribuída, e facilitou o acesso. Cada universidade parceira tem um polo de coordenação, que orienta os estudantes da região e dá aulas presenciais uma ou duas vezes na semana. Os alunos ganham bolsa mensal de R$ 1,5 mil.

“Os resultados não são imediatos, mas elevam aos poucos a qualidade do ensino médio e fundamental público”, ressalta Lívio Amaral, diretor de Avaliação da CAPES, órgão ligado ao Ministério da Educação.

Qualificação

A rede de mestrados profissionais em Matemática, que tem servido de inspiração para cursos de outras áreas, é pioneira no sistema UAB. A coordenação da pós ficou sob responsabilidade da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), referência no setor.

Uma das prioridades foi levar em conta as necessidades e deficiências de formação dos docentes da rede pública. Para o presidente da SBM, Marcelo Viana, isso acontece porque os licenciados mais talentosos preferem ficar nas universidades a seguir o magistério no ensino básico. “Muitos nem pisam na sala de aula, já que a carreira não é atrativa”, diz. Entre os méritos do curso, segundo Viana, estão a troca de experiências entre os mestrandos e o contato com pesquisadores de ponta.

A UECE, por meio do convênio com a UAB, oferece o ProfLetras e o ProfLetras, além de cinco cursos de Especialização (Gestão Pública, Gestão Pública Municipal, Gestão em Saúde, Gestão Pedagógica e Escola Básica e Educação a Distância: Fundamentos e Ferramentas), além de nove cursos de graduação (Administração Pública, Artes Plásticas, Ciências Biológicas, Física, Geografia, Informática, Pedagogia, Matemática e Química.

Fonte: O Estado de S Paulo com Assessoria de Comunicação da UECE

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