III Legado Freireano acontece nos dias 16 e 17 de setembro na Uece

16 de setembro de 2019 - 16:04 # # # #

O Núcleo de Educação Popular, Movimentos Sociais e Escola, vinculado ao curso de Pedagogia, o Programa de Pós-graduação em Educação e o Mestrado Acadêmico Intercamp em Educação e Ensino da Universidade Estadual do Ceará (Uece) promovem nos dias 16 e 17 de setembro o III Legado Freiriano. O evento acontece no auditório central da Universidade Estadual do Ceará (Uece), campus Itaperi.

Na manhã do dia 16, o evento iniciou-se com as ilustres presenças: o reitor José Jackson Coelho Sampaio, a pró-reitora de extensão Ana Cristina de Morais, a diretora do Centro de Educação Josete de Oliveira Castelo Branco Sales, o coordenador do programa de pós-graduação professor João Batista Carvalho Nunes, o coordenador do mestrado acadêmico intercamp em educação e ensino professor José Ernande Mendes, a coordenadora do curso de pedagogia professora Mônica Farias Façanha, a coordenadora do III Legado Freireano professora Margarete Sampaio e a representante do corpo discente a aluna Ruth dos Santos Lima.

Em sua fala de abertura, o reitor Jackson Sampaio afirma que dada a situação atual do Brasil, este evento é urgente e necessário. “É muito mais importante estar aqui neste evento pela situação atual que o país vive do que uma simples obrigação que a posição de reitor me impõe. A reflexão que se deve fazer perpassa o fato do Brasil possuir vários intelectuais que se internacionalizaram como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, na literatura, Oscar Niemeyer, na arquitetura, Burle Marx, no urbanismos, mas o maior deles, a meu ver, é Paulo Freire, porque ele não só se internacionaliza como alguém que é de uma área específica, mas como alguém que tem uma potência crítica e uma potência de transversalidade. Ele não é mais patrimônio da educação, pois ele é discutido na arte, na filosofia, na saúde coletiva, na geografia humana, então ele não é mais patrimônio somente da educação. Há uma potência crítica e criativa e uma transversalidade que faz com que ele seja o intelectual brasileiro hoje, provavelmente, mais referenciado, mais citado no mundo. Mas o Brasil que deveria estar se orgulhando de seus patrimônios imateriais, simbólicos e intelectuais tem uma história tão problemática e tão confusa que a gente precisa estar sempre resgatando, recriando e reafirmando a importância do saber e de seus intelectuais.”

Ao final da mesa institucional, os participantes do evento puderam assistir a apresentação de Dança do Coco do Iguape, tradição folclórica criada pelos pescadores de Aquiraz.

O evento conta ainda com a participação do professor da Unicamp Carlos Rodrigues Brandão que aponta a importância dos dois dias de evento “Esse evento, nesse momento, tem um sentido especial, porque quanto mais Paulo Freire é lembrado, lido e comentado se afasta a motivação de apagar o nome de Paulo Freire. Nessa ocasião que o Brasil vive, eventos como esse, que acontecem em muito lugares, todos os anos, tem um sentido mais forte e especial, pois se trata de recuperar e de resguardar a memória de um homem que foi não só um grande educador, tanto é que sua obra está absolutamente presente no mundo inteiro, como também uma pessoa humana notável na simplicidade e na autenticidade como ele sempre viveu”.

A programação segue até amanhã, dia 17 de setembro, com roda de conversa, círculos de cultura, diálogos, mesas redondas e vasta programação cultural.
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