Funcionamento e Resultados das Ações de Segurança na UECE

5 de outubro de 2016 - 20:48 #

 

A UECE, nos últimos anos e de modo crescente, tem sofrido agressões criminosas e clima de insegurança. A Administração Superior levantou uma série histórica de informações e criou um grupo de trabalho para debater semanalmente o assunto e buscar soluções, com representação das instâncias de gestão e de pesquisadores que têm como objeto de estudo a violência.
 
Como resultado, estabeleceram-se dois grandes eixos de ação:

Eixo Estratégico Negociação com o Governo Estadual para incluir a proteção dos campi das universidades estaduais entre as prioridades da segurança pública. O reconhecimento foi feito pelo Programa Ceará Pacífico, resultando na elaboração do 1º plano orgânico de segurança dos 12 campi da UECE, produto de parceria Casa Militar/SSPDC. Deste plano, já foram concluídos dois projetos, para inclusão no sistema MAPP, visando criação de sistema de videomonitoramento, reforço das equipes de segurança patrimonial e de segurança privada, projeto de educação democrática para as equipes de segurança. No momento, aguarda-se aprovação destes MAPP pelo Governador para implantação no orçamento de investimento em 2017.

Eixo Operacional Negociação com as equipes de segurança existentes na UECE estabeleceu novo padrão de definição de pontos de vulnerabilidade e processo de revezamentos de pessoal nos postos de segurança. Negociação com a Polícia Civil e a Perícia Forense permitiu a elaboração do perfil dos arrombamentos e dos furtos ocorridos em 2016, no campus Itaperi, onde se concentram 80% das ocorrências, além da descoberta dos grupos criminosos instalados entre nós, com recuperação da maioria dos equipamentos furtados.

O Plano Orgânico de Segurança, a nova lógica interna de ação e o apoio da Polícia Civil e da Perícia Forense resultaram na elaboração de um mapa das vulnerabilidades, no qual se destaca a oportunidade para a atuação de criminosos representada pelas festas, calouradas ou saraus, promovidas por grupos estudantis, não mais restritas aos estudantes, atraindo grande participação externa, com convocação pelas redes sociais.
 
A título de informação, no período de janeiro a dezembro de 2015, foram registradas 43 ocorrências (38 furtos e cinco assaltos), enquanto que, em 2016, somente no período de janeiro a agosto, já foram registradas 41 ocorrências (33 furtos e oito assaltos).

O fato de, nas últimas cinco semanas, não ter havido registro de ações criminosas no campus, demonstra o impacto positivo do conjunto articulado das seguintes medidas: a redistribuição dos agentes de segurança no campus, estabelecendo territórios bem definidos de responsabilidade entre a guarda patrimonial e a segurança privada; o patrulhamento prioritário às áreas identificadas como de maior vulnerabilidade; a demanda de apoio, devidamente pactuado, às forças de segurança pública ao trabalho de investigação de grupos que atuavam dentro do campus, visando coibir arrombamentos, furtos, assaltos e tráfico de drogas; e a prática das novas diretrizes para ação dos agentes de segurança do campus (controle de acesso, controle de chaves, patrulhamento especial, abordagem firme e respeitosa, atendimento ao público e assistência às vítimas, incluindo apoio à realização de BO e à manutenção da cena de crime para a pesquisa da Perícia Forense).

A Administração Superior da UECE afirma seu compromisso de garantir segurança e paz aos que estudam, trabalham e usam os serviços ofertados no campus. A orientação aos agentes de segurança é a de tratar a todos dentro dos parâmetros das leis e do respeito aos direitos humanos, assim concebendo o espaço universitário livre para as suas finalidades, isto é, a produção e a difusão do conhecimento, e não para a fantasia ideológica distorcida de espaço livre das leis que regem a convivência social. O Plano Orgânico de Segurança da UECE ainda não foi submetido a ampla discussão, em decorrência da situação excepcional de greve que se alonga por cinco meses.

Reiteramos, portanto, que a integração da universidade com as comunidades externas deve ocorrer a partir de programas e projetos de ensino, de pesquisa e de extensão, permitindo a promoção social dos beneficiários, como já temos experiência, pois, por exemplo, em 2015 ultrapassamos a marca de 150 mil beneficiários de programas/projetos de extensão.
 

 

José Jackson Coelho Sampaio         Hidelbrando dos Santos Soares

 Presidente da FUNECE                    Vice-Presidente da FUNECE

Reitor da UECE                               Vice-Reitor da UECE